DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), decretado pelo governo federal para compensar o fim da cobrança da CPMF, deverá trazer poucas mudanças nas despesas de empresas.
"As firmas pagavam 0,38% de CPMF em cada movimentação financeira. Agora, para operações de crédito, o IOF continua em 1,5% ao ano, mas com um adicional de 0,38% para cada operação", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Segundo Oliveira, no caso do uso de conta garantida (empréstimo em conta corrente), o adicional de 0,38% será cobrado toda vez que o limite for utilizado -nas demais operações de crédito, o IOF adicional será aplicado no ato do empréstimo. "Deve-se evitar o uso dessas linhas", aconselha.
Não há certeza ainda sobre o impacto da medida nos juros cobrados pelos bancos nas operações de crédito. "A elasticidade da demanda por crédito e a concorrência no sistema financeiro farão com que o aumento não seja transferido totalmente ao tomador final", opina Carlos Alberto dos Santos, diretor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). (MI)


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