São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002


Próximo Texto | Índice

Analistas sugerem negócios "tradicionais" e "alternativos" que custam de R$ 10 mil a R$ 50 mil

Conheça 10 opções de investimento

MARCOS LOBO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Dono de um dos maiores índices de empreendedorismo do mundo, o Brasil registra anualmente o nascimento de milhares de micro e pequenas empresas cujo investimento inicial varia de R$ 10 mil a R$ 50 mil.
As opções de investimento para quem quer virar patrão são muitas, desde docerias até "pet shops", passando por brechós ou bancas de jornal. A melhor escolha depende de cada um, mas, entre as possibilidades, especialistas ouvidos pela Folha sugerem dez (veja quadro na pág. 3) com tendência de crescimento.
Os negócios propostos foram divididos em cinco faixas de preço e subdivididos nas categorias "tradicional" e "alternativo", para que sejam escolhidos de acordo com o perfil do empresário.
Em todos os casos, especialistas sugerem que o investidor aplique seu estilo próprio, sua "marca pessoal" à companhia. "A pessoa que pretende abrir seu negócio tem de buscar algo novo, para diferenciá-lo", afirma Roy Martelanc, professor de administração financeira da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.

Opções
Na primeira faixa de preço, a de R$ 10 mil, a sugestão de negócio mais tradicional é um brechó, com a possibilidade de trabalhar com objetos de colecionador, além de roupas usadas.
A iniciativa demanda pouca infra-estrutura, mas requer uma boa pesquisa para oferecer apenas material de qualidade.
Mais inusitada é a opção por uma agência virtual de venda de carros. "A vantagem é que não há necessidade de estoque", salienta o professor de criação de novos negócios da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas), Francisco Guglielme.

R$ 20 mil
Um degrau acima na escala, as sugestões na faixa de R$ 20 mil são para abrir "dog centers" e bancas de jornal diferenciadas.
O primeiro, alternativo, é um conceito norte-americano que envolve quiosques abertos 24 horas por dia, oferecendo lanches rápidos, como cachorros-quentes, batatas fritas e milk-shakes.
Para diferenciar o negócio de "dogueiros" informais de rua, a receita é investir no design da loja e em tipos variados de salsichas, pães e molhos.
A banca de jornal pode se destacar oferecendo livros ou revistas importadas como forma de atingir clientes dispostos a gastar.

R$ 30 mil
A faixa dos investimentos de maior vulto, a partir de R$ 30 mil, traz opções que exigem mais atenção do gestor.
Na casa dos R$ 30 mil, os negócios sugeridos são uma loja de artigos religiosos e uma quitanda de alto padrão, para as classes A e B.
O público de artigos religiosos é exigente, mas pode ser fidelizado com rapidez. Para isso, convém pesquisar bem quais artigos podem agradar mais aos fiéis e caprichar na exposição das peças.
Já a quitanda diferenciada deve ter um ar chique e oferecer verduras, frutas e legumes de primeira qualidade, aliados a um atendimento impecável. O mercado é tido como em expansão no país.

R$ 40 mil e R$ 50 mil
As opções seguintes são um "pet shop", um "fast pizza" (ambos R$ 40 mil), uma doceria e um minimercado de produtos "light" (ambos R$ 50 mil).
O "fast pizza" é um conceito pouco explorado no país. A idéia é oferecer a possibilidade de o cliente montar sua pizza ou então servir-se em um bufê com vários sabores já prontos.
Na linha de alimentos e bebidas, a última opção tradicional é uma doceria de alto padrão, com produtos difíceis de serem encontrados. O investimento previsto para tanto é de R$ 50 mil.
À maneira da quitanda chique, se o empresário possuir R$ 50 mil poderá investir em algo mais ousado: um minimercado especializado em comida saudável, dos tipos "light" e natural.


Colaborou RENATO ESSENFELDER, free-lance para a Folha


Próximo Texto: Maravilhoso mundo cão: Luxo para cães traz bons lucros
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.