São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007


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LUZ DE ALUGUEL

Locação de móveis pede contrato curto

Solução temporária libera a empresa para investir

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A reforma na Gamemaxx, que representa games on-line coreanos no Brasil, já dura seis meses. Como o projeto de decoração ainda não foi concluído -e a empresa permanece na ativa-, a saída encontrada foi alugar todo o mobiliário de uma empresa especializada.
Trata-se, no entanto, de uma solução temporária, segundo explica o proprietário da empresa, Sérgio de Oliveira. "Se eu ficar um ano com uma mesa de reunião alugada, pago o equivalente a outra nova", calcula.
De fato, o empresário que opta por se tornar locatário em situações como essa deve ter em mente que alugar vale a pena sobretudo em períodos curtos.
"Se é necessário obter alguma coisa por um tempo muito curto, o melhor é alugar, mesmo que o custo proporcional seja maior", ensina Francisco Guglielme, professor da Fundação Getulio Vargas.
A idéia é não comprometer o capital de giro da empresa com a aquisição de móveis e equipamentos que não sejam diretamente ligados à atividade do negócio. Dessa forma, esse capital poupado fica livre para outros tipos de investimento.

Escritório virtual
Bruno Bevilacqua, proprietário da Timberlake Consultores -que distribui softwares de estatística-, também aderiu ao papel de locatário. Em vez de móveis, aluga um escritório da empresa Virtual Office.
A principal vantagem, comenta, é que é possível ter a infra-estrutura de uma empresa grande sem ser grande de fato.
No escritório virtual, Bevilacqua conta com uma sala decorada e com equipamentos como ar-condicionado. Mas não precisou se preocupar em adquirir ou instalar as mobílias.
Entre as facilidades estão serviços como o de atendimento telefônico personalizado, correio e internet. "O empresário só precisa entrar com o laptop e a escova de dente", brinca a diretora da Virtual Office, Mari Gradilone.
"A maior limitação é o pequeno espaço do meu escritório, de 18 m2", critica Bevilacqua.
O professor Claudio Felisoni de Angelo, da Fundação Instituto de Administração, no entanto, alerta para alguns riscos. "Apenas devem ser alugados bens que não sofram soluções de continuidade, ou seja, cuja interrupção do aluguel não cause problema para a produção da empresa", assinala.


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