São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 2006 |
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BELEZA EM ALTA Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos mostram o lado rentável da vaidade Setor deve crescer 14,5% em 2005
RAQUEL BOCATO DA REPORTAGEM LOCAL A vaidade dos brasileiros está em alta. Quem lucra com isso são os empresários que investem em higiene pessoal, perfumaria e beleza. É o que indicam estimativas da Abihpec (Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Um levantamento preliminar mostra que o setor alcançou, no último ano, crescimento de 14,5%. Dos R$ 13,1 bilhões de faturamento em 2004, a previsão é que atinja R$ 15 bilhões em 2005. Em um mercado formado especialmente por pequenas e médias empresas -juntas, elas somam aproximadamente 1.200, ao lado de cerca de 20 grandes-, o potencial para expansão é grande. "Com o alto grau de competitividade que a indústria brasileira atingiu, esperamos que 2006 apresente desempenho significativamente superior ao PIB", analisa o presidente da Abihpec, João Carlos Basilio da Silva, 61. Segundo Silva, o aumento da produtividade das empresas, aliado à desoneração tributária pela qual as indústrias do setor passam há cinco anos, é o propulsor dos índices obtidos no ano passado pelas empresas de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. "Somos o sexto maior mercado do mundo. A previsão é que, neste ano, alcancemos a quinta posição, logo atrás da França", diz. Mas, para ter chance nesse mercado, é preciso fugir do embate com as grandes firmas do setor. Para o consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Julio Alencar, é a produção de itens diferenciados que fará com que as pequenas empresas se fortaleçam. "Investir na produção de sabonetes com aroma de erva-doce não compensa, muitas indústrias têm algum produto desse tipo. Se quiser consolidar-se na área, o empreendedor terá de apostar em fragrâncias diferentes", ensina. O consultor afirma que o mesmo vale para outros produtos: "É preciso pesquisar nichos não explorados por grandes indústrias". O gerente de expansão da Antídoto Cosméticos, Marcelo Sarpe, 41, indica outro fator que proporcionou um incremento de 40% no faturamento da empresa. "Tenho programado o lançamento de novas linhas durante o ano", afirma, adiantando que já tem planejadas linhas para crianças e para o Dia das Mães e outros itens de maquiagem. "Lançaremos coleções com aroma de rosas com vinho tinto e de açaí com granola." Faturamento em dobro Após 22 anos dedicando-se à terceirização para outras marcas, a Allume apostou na segmentação para crescer. Há três anos, fabrica itens para salões de beleza. "Tínhamos maior volume de produção e menor margem de lucro antes da reformulação", afirma o diretor comercial, Charles Halpern. "Em 2005, faturamos o dobro do ano anterior", sintetiza. Próximo Texto: Diadema monta pólo de cosméticos Índice |
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