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CAMPO ABERTO
Demanda incerta causa temor de futura crise como a do Proálcool
Para se precaver de ressaca, especialistas indicam reunir bom capital inicial
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de as empresas se deixarem embriagar pelas perspectivas do mercado de álcool,
especialistas recomendam cautela para evitar uma ressaca como a do final dos anos 80.
Na época, o Proálcool, criado
pelo governo em 1975 para estimular o consumo do combustível, entrou em crise devido a fatores como queda do preço do
petróleo e diminuição da produção de veículos a álcool.
Uma das principais precauções é ter bom capital inicial,
pois o retorno virá a longo prazo. Como a demanda por álcool
não é concreta, não se sabe com
que velocidade ela crescerá.
"Faltam planos de ação", alerta
Antonio Carlos Ribeiro de
Aguiar, do Sebrae-SP.
"Não adianta crescer muito e
não conseguir manter", acrescenta Mário Garrefa, presidente do Ceise (Centro das Indústrias de Sertãozinho e Região).
Já Rudinei Toneto, diretor
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
USP em Ribeirão Preto, acha
que o risco é baixo, pois hoje a
discussão ambiental é mais forte do que na década de 80.
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