Esforço coletivo reduz custos e ajuda nas vendas, mas requer maturidade

Guilherme Pupo/Folhapress

Carlos Alberto Jayme na Cinq Technologies, em Curitiba

JORDANA VIOTTO
DE SÃO PAULO

Iniciativas de cooperação como consórcios e arranjos produtivos locais estimulam a internacionalização das empresas desenvolvedoras de software no Brasil.
Uma das razões é que, em conjunto, "elas montam uma estrutura de suporte mais sólida no exterior", aponta a consultora da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) Francine Régis, em pesquisa para dissertação de mestrado sobre exportação de software.
As ações coletivas auxiliam também na obtenção de certificações internacionais.
Foi dessa forma que 16 empresas de Curitiba obtiveram atestados como a ISO 9001, de gerenciamento de qualidade, e o CMMI, de maturidade na produção de software.
"O cliente no exterior é mais exigente", justifica Carlos Alberto Jayme, 48, diretor da Cinq Technologies, uma das que foram certificadas.
Para ter uma ideia, o CMMI custou R$ 256 mil. Metade ficou a cargo da ABDI e da prefeitura de Curitiba; metade, a cargo das empresas.

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Nem todos têm perfil para atuar em conjunto, ressalta Francilene Garcia, vice-presidente da Anprotec (associação com foco em empreendimentos inovadores). "É preciso maturidade", diz.
Quem se enquadra no perfil, no entanto, tem chance de se destacar. Um exemplo é o grupo de 50 empresas participantes do programa Brasil IT Emerging Players, projeto da Anprotec em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O consórcio obteve US$ 3 milhões (cerca de R$ 5,4 milhões) na exportação de software em 2009 -incremento de 30% em relação a 2008.


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