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Programas para celular têm espaço
Crescimento da venda de multifuncionais impulsiona a demanda por aplicativos para os telefones portáteis
DE SÃO PAULO
O mercado de aplicativos
para celulares no Brasil e no
exterior é um dos que mais
apresentam oportunidades
para micro e pequenas empresas atualmente.
Por aqui, no primeiro trimestre deste ano, foi comercializado 1,2 milhão de
"smartphones" (telefones
multifuncionais) no Brasil.
No mesmo período de 2009,
haviam sido 448 mil -um
crescimento de 170%.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
estima que, em 2018, 272 milhões de números de celulares estejam habilitados.
"Em alguns anos, boa parte dos celulares que estarão
no mercado vai demandar
softwares extras", analisa
Luiz Kubota, pesquisador do
Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada).
De olho nesse cenário promissor, algumas empresas
aproveitam para posicionar-se no segmento. É o caso da
D'Accord, que faz softwares e
games para iPhone.
A empresa, inaugurada
em 2003, lançou sua primeira mercadoria -um dicionário de acordes para violão-
para venda pela internet.
MENOS INVESTIMENTO
"Tivemos de fazer não só a
tradução do software e do
manual mas também a adaptação para outros países", comenta Américo Amorim, 28,
um dos sócios da empresa.
Isso porque, explica, a escrita dos acordes pode variar,
dependendo do país.
A comercialização de aplicativos por "download" é vista por muitos analistas como
uma boa opção para pequenas empresas, por demandar
menos investimento do que
empacotar o programa.
"As plataformas dos fabricantes [de celular] estão disponíveis, o difícil é se sobressair", destaca Kubota.
Nesse segmento, o estabelecimento de parcerias e a
criatividade podem se tornar
diferenciais estratégicos.
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