São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002


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OPORTUNIDADE

Novo modelo prevê 3.000 postos de conveniência dentro de outros estabelecimentos

Correios buscam parceria com lojas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos busca pequenos empresários no país para estabelecer novo modelo de parceria.
Estão abertas até o final de julho as licitações para que donos de pequenos negócios possam abrir filiais do "Correios Conveniência", que presta os mesmos serviços postais das agências tradicionais, mas em parceria com outros tipos de estabelecimentos.
"A idéia é formatar agências pulverizadas, presentes em mais regiões do país. Pretendemos ter 3.000 novas lojas até o final de 2003", afirma Altemir Linhares, 40, gerente nacional de franchising dos Correios. Em São Paulo, há mais de 500 áreas em licitação.
Os 1.500 franqueados que a empresa tem no país podem entrar nessa disputa. Como seus contratos vencem no final do ano e não serão renovados, podem participar da licitação para manter o negócio. Se forem aprovados, terão de se readaptar em até dois anos.
Para instalar uma dessas agências, os interessados terão de investir cerca de R$ 20 mil, o que inclui a permissão -uma taxa única de R$ 5.000-, o mobiliário e também os equipamentos.

Compatibilidade
As novas unidades devem dar receita de R$ 200 mil a R$ 300 mil por ano, de acordo com Linhares, e render para o empreendedor cerca de 16% desse valor.
Por isso o empresário deve ficar de olho nas finanças, de acordo com Sandro Luiz Neves, 36, coordenador do Balcão Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
"Dependendo do faturamento, a empresa pode sair do Simples [sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições para micro e pequenas empresas". É preciso avaliar se vale a pena."
As unidades do "Correios Conveniência" começaram a ser oferecidas no final de 2001. Hoje 75 processos estão em licitação, e oito lojas já foram inauguradas.
Em São Paulo, a primeira foi a de Renato Jardim, 27, proprietário da papelaria RM Jardim, na zona sul. Há quatro anos tentando se tornar um franqueado dos Correios, foi aprovado na licitação para o novo modelo e investiu R$ 35 mil para reformar a sua loja.
"O movimento na papelaria deve aumentar bastante porque essa é uma atividade correlata", diz.
Quem quiser instalar um posto em sua loja deve entrar em contato com a comissão de licitação para saber se o negócio pertence a um ramo de atividade compatível com a operação dos Correios e se está em uma região-alvo. (BMF)



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