São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2007


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Crescimento cria dilema a empresário

COLABORAÇÃO PARA FOLHA

O planejamento tributário pode fazer a diferença entre o lucro e o prejuízo, assim como interferir no preço final praticado e, dessa forma, na competitividade das empresas.
A fábrica de brinquedos Baby Toys é exemplo disso: desde o primeiro semestre de 2006, quando fechou licenciamento de imagem com a Disney, viu o número de clientes ser multiplicado por sete e sua produção duplicar.
O que à primeira vista pode parecer excelente, colocou a indústria num dilema: crescer ou não?
Encerrando o ano com receita de R$ 2,25 milhões, a fábrica atingiu o limiar do enquadramento como pequena empresa -de R$ 2,4 milhões- e está prestes a perder o direito à tributação simplificada.
"Se continuarmos a crescer, perderemos o direito à alíquota reduzida, que alivia nossa carga tributária em 36%. O custo subirá muito e os nossos preços também, o que acabará com nosso diferencial competitivo", expõe o empresário Sérgio Cury.
Se, por outro lado, a empresa optar por não crescer, não terá como atender a demanda de mercado.
A fim de ajudar a tomar a decisão correta, Cury contratou uma consultoria para analisar qual a melhor solução tributária.
"Não há tributação que impeça o crescimento", ressalta Raul Correa, da RCS Consultoria. "O que define a expansão não são os impostos nem a vontade do dono, mas sua competência nos negócios."
Segundo Correa, a elevação da carga tributária é compensada pela alavancagem operacional e pelo ganho de escala, que geram aumento do lucro.


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