São Paulo, domingo, 18 de abril de 2004


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EM FOCO

Veículo não roda na estrada devido à baixa velocidade

Motokars aparecem como opção a empresários que utilizam delivery

DA REPORTAGEM LOCAL

Entregar o produto na casa do cliente é um diferencial de peso. Explorada por empreendedores das áreas de alimentação e de farmácia, a "isca" também vem sendo utilizada por outros mercados, como o de moda e de beleza.
Para quem gostaria de contar com o apelo do delivery, mas não pode arcar com a aquisição de um caminhão pequeno, de um furgão ou até mesmo de um carro comum, uma opção é recorrer aos Motokars, lançados no mercado brasileiro pela empresa automobilística Kasinski em 2001.
Espécie de motocicleta com carroceria de chapa de aço, os modelos são veículos pequenos, projetados para circular apenas dentro das cidades. O trânsito em rodovias não é possível devido à velocidade máxima reduzida -50 km/h. Com três rodas, têm capacidade de carga de até 450 kg, de acordo com o fabricante.
O custo é o principal atrativo. A opção picape custa a partir de R$ 10.300 (uma Saveiro sai por R$ 27,4 mil), e o furgão, de R$ 10.900 (uma Fiorino nova custa R$ 25,3 mil). A comparação entre eles, no entanto, não pode ser feita em termos de espaço, conforto, desempenho e resistência.
Ao preço mais em conta que o de um modelo-padrão, atrelam a vantagem de serem econômicos no consumo de combustível -fazem até 28 km/l, contra a média de até 12 km/l de um modelo "popular" tradicional.
Entre os principais compradores dos Motokars, estão pequenos e médios empreendedores. "Firmas desse porte representam entre 30% e 40% das vendas. Esse nicho concentra o maior potencial de consumo para o produto, por isso acreditamos que o número deve crescer nos próximos anos", comenta o proprietário da fabricante, Abraham Kasinski, 86.
A empresa carioca ETE (Engenharia de Telecomunicações e Eletricidade), que mantém uma frota de veículos atuante na manutenção de redes de telefonia em todo o país, buscava há algum tempo uma solução para redução dos gastos registrados com combustível e já havia pesquisado modelos "alternativos" no exterior.
Em meados de 2002, os primeiros 20 veículos foram adquiridos em fase de teste. Com o desempenho aprovado, em março foram compradas 40 unidades. "Vamos substituir 30% da nossa frota pelos Motokars", adianta Guilherme Gondim, gerente da ETE.
Segundo ele, não é possível ir além desse percentual devido à limitação de velocidade, que impede a fluência do trânsito nas estradas. "Como alguns dos nossos carros viajam entre cidades, precisamos dos veículos tradicionais", diz. (TATIANA DINIZ)


Kasinski: 0/xx/11/3879-7100


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