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ESTÉTICA
Concorrida, área requer inovação constante
Vaidade alimenta a abertura de clínicas
DA REPORTAGEM LOCAL
A máxima popular de que "beleza não põe mesa" parece estar
com os dias contados. Surfando
numa poderosa onda de vaidade
e valorização da aparência, as clínicas especializadas em tratamentos estéticos têm se multiplicado
na cidade de São Paulo.
Clientela fácil e boa rentabilidade são os principais motivadores
de quem decide se lançar no concorrido mercado da beleza. Ainda
mais no período de verão, quando o volume de consultas chega a
triplicar, segundo proprietários.
"Não há muitas restrições para
abrir uma clínica de estética, basta
alugar uma casa e comprar equipamentos. Mas o risco de o negócio ter uma vida útil curta é grande", alerta André Fieldman, 33,
diretor da consultoria Francap.
Fieldman diz que o momento é
propício para deslanchar no segmento, mas a ebulição é passageira. "De um modo geral, os negócios que proporcionam mais
bem-estar às pessoas estão em alta. No entanto, é preciso qualidade para manter portas abertas. Só
os mais sólidos restarão", avisa.
Veterano no ramo, o médico especializado em estética Paulo Danila, 49, viu o movimento em suas
duas clínicas aumentar nos últimos anos. Hoje atende cerca de
500 pessoas por mês, segundo ele.
"Os homens se tornaram potenciais clientes também", conta.
Negócio caro
Danila comenta que o segmento
é rentável, mas a necessidade de
investimento é contínua. "O negócio é dispendioso", afirma o
médico, que investiu cerca de US$
70 mil em um equipamento a laser para redução de varizes. "É caro, mas compensa. Cada sessão
custa R$ 300 para o cliente", diz.
Já o orçamento da empresária
Karen Sievekin, 31, dona da clínica Corpo & Design, no Morumbi,
em São Paulo, prevê investimento
mensal de 50% do faturamento
em atualização de equipamentos,
treinamentos e decoração.
Além disso, Sievekin procurou
construir um diferencial em relação à concorrência e fez da Corpo
& Design uma espécie de "complexo de estética". Nele, reúne de
tradicionais tratamentos de redução de medidas e de celulite a cirurgia plástica, passando por um
espaço zen para massagem indiana e "ofurô" (banho relaxante).
"É preciso inovar", ensina.
(TATIANA DINIZ)
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