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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003


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ESTÉTICA

Concorrida, área requer inovação constante

Vaidade alimenta a abertura de clínicas

DA REPORTAGEM LOCAL

A máxima popular de que "beleza não põe mesa" parece estar com os dias contados. Surfando numa poderosa onda de vaidade e valorização da aparência, as clínicas especializadas em tratamentos estéticos têm se multiplicado na cidade de São Paulo.
Clientela fácil e boa rentabilidade são os principais motivadores de quem decide se lançar no concorrido mercado da beleza. Ainda mais no período de verão, quando o volume de consultas chega a triplicar, segundo proprietários.
"Não há muitas restrições para abrir uma clínica de estética, basta alugar uma casa e comprar equipamentos. Mas o risco de o negócio ter uma vida útil curta é grande", alerta André Fieldman, 33, diretor da consultoria Francap.
Fieldman diz que o momento é propício para deslanchar no segmento, mas a ebulição é passageira. "De um modo geral, os negócios que proporcionam mais bem-estar às pessoas estão em alta. No entanto, é preciso qualidade para manter portas abertas. Só os mais sólidos restarão", avisa.
Veterano no ramo, o médico especializado em estética Paulo Danila, 49, viu o movimento em suas duas clínicas aumentar nos últimos anos. Hoje atende cerca de 500 pessoas por mês, segundo ele. "Os homens se tornaram potenciais clientes também", conta.

Negócio caro
Danila comenta que o segmento é rentável, mas a necessidade de investimento é contínua. "O negócio é dispendioso", afirma o médico, que investiu cerca de US$ 70 mil em um equipamento a laser para redução de varizes. "É caro, mas compensa. Cada sessão custa R$ 300 para o cliente", diz.
Já o orçamento da empresária Karen Sievekin, 31, dona da clínica Corpo & Design, no Morumbi, em São Paulo, prevê investimento mensal de 50% do faturamento em atualização de equipamentos, treinamentos e decoração.
Além disso, Sievekin procurou construir um diferencial em relação à concorrência e fez da Corpo & Design uma espécie de "complexo de estética". Nele, reúne de tradicionais tratamentos de redução de medidas e de celulite a cirurgia plástica, passando por um espaço zen para massagem indiana e "ofurô" (banho relaxante). "É preciso inovar", ensina.
(TATIANA DINIZ)


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