São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006


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PASSADO A LIMPO

Setor de limpeza cresce 11% na AL

Média global foi de 4%; em alta, produtos como esponjas são oportunidades a pequenos

ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em alta, esponjas de aço, removedores de manchas e desinfetantes. Em baixa, engomadores de roupa, ceras para pisos e lustradores de móveis. Para o empresário em busca de um lugar na gôndola da limpeza, é fundamental estudar os motivos do sobe-e-desce de cada item, sob a pena de ser esquecido na parte baixa da prateleira.
Apesar da gangorra de determinados segmentos, o setor de limpeza teve crescimento global de 4% em 2005. A América Latina, porém, puxou o índice para o alto, crescendo 11%.
Os dados, divulgados com exclusividade pela Folha, estão no relatório "Os Produtos mais Quentes do Mundo: Informações sobre o Crescimento das Categorias de Produtos de Limpeza Caseira", que a AC Nielsen lança nesta semana.
Das 29 categorias consultadas em 66 mercados em todo o mundo, aquela que mais cresceu -com 13%- foi a de esponjas abrasivas. Na América Latina, esse aumento foi de 74%, sucesso liderado pelo Brasil.
Em segundo lugar na região está o removedor de manchas, que cresceu 36%, com destaque para aqueles com oxigênio ativo ou sem lavagem. Em terceiro vêm os desodorizantes de ar, categoria revitalizada com a entrada de novos itens, como os movidos a pilha, que, sozinhos, cresceram 150%.

Cadeia produtiva
Segundo a Abralimp (Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza), a cadeia produtiva de higiene e limpeza no Brasil é formada por 13 mil empresas, sendo 11 mil delas prestadores de serviço. Destas, 68% tem menos de 20 funcionários e empregam 4% de toda a mão-de-obra.
Quem viu espaço para crescer nesse segmento foi Gilberto Motta Filho, 36, proprietário da Accert, empresa especializada em limpeza de carpetes.
"Eu sabia que nos Estados Unidos esse serviço já era bastante difundido", conta Motta, que começou apostando na excelência do atendimento e na qualidade dos produtos importados, há 11 anos. "Procurei fabricantes de carpetes e vi que havia muitas dúvidas quanto à manutenção do produto."
Sinal disso é que 80% de seus clientes chegam a ele por indicação. Mas o empresário reclama que, atualmente, a adesão a esse tipo de piso anda em baixa. Apesar disso, a Accert tem uma unidade em Campinas e faz, periodicamente, viagens ao Rio de Janeiro para atender clientes.


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