São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006


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FEIRAS DO MÊS

Tecnologia é destaque da Transtec

Evento, que reuniu expositores do setor de autopeças, destacou o investimento em pesquisa

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O setor de transportes e autopeças pode parecer, à primeira vista, saturado ao pequeno empresário que vai iniciar uma atividade. No entanto, ele encontra seu alento na tecnologia e, sobretudo, na criatividade.
Esses foram os dois destaques na 6ª edição da Transtec (Feira de Transportes, Veículos, Implementos, Encarroçadoras e Autopeças), findada na sexta-feira, em Caxias do Sul.
Marcelo Fontana, um dos responsáveis pelo evento, ressalta que o mercado de tecnologia da informação, como o da bilhetagem eletrônica, é um filão a ser mais bem explorado.
"Em termos de faturamento, as empresas brasileiras de logística e de software são as que têm os maiores ganhos", diz.
João Onzi, presidente da Unylaser, que presta serviços de corte térmico, faz coro. "Hoje não tem jeito, temos que investir em tecnologia, software e equipamentos de última geração para crescer, pois as exigências do mercado estão cada vez maiores", diz.
De olho nessas mudanças, a Climatec investiu R$ 15 mil num frigobar termoelétrico que aquece e resfria por transferência de elétrons.
Para Joberson Trespach, gerente da empresa, o sistema é ideal porque além de ser mais barato e consumir menos energia, exige pouca manutenção. O aparelho chega ao consumidor por R$ 445 -sem essa tecnologia, ultrapassa R$ 2.000.
Quem também investiu foi a ComLink, que desenvolve equipamentos eletrônicos. A novidade, segundo o gerente Ricardo Pastore, é um controle remoto que faz o levantamento de cargas, que não sai por menos de R$ 2.000. "Os produtos mais "commodities", como molas e parafusos, têm muita competição; por isso buscamos o nicho da tecnologia eletrônica."

Panorama
As pequenas empresas têm um papel fundamental no setor automotivo gaúcho. Segundo o Simecs (sindicato do setor), representam 90% do mercado.
O maior perigo, entretanto, é que muitas delas ainda gravitam em torno das grandes, produzindo peças para um único consumidor, uma dependência que não é aconselhada pelos maiores especialistas no setor.


A repórter viajou a convite da Transtec


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