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PORTAS PARA O BRASIL - REGIÃO NORDESTE
Parnaíba quer decolar como destino
Construção de aeroporto é indicador da atratividade de investimentos no litoral do Piauí
DA ENVIADA ESPECIAL AO PIAUÍ
Tudo é especial na região do
Parnaíba: possui o único rio
que desemboca em mar aberto
em forma de delta nas Américas e é um dos locais que impulsionaram a economia nordestina no século 19.
Esse roteiro -menina-dos-olhos do Piauí- conta com
mais um diferencial: será divulgado entre as opções do Estado
e, ao contrário da maioria dos
municípios do programa de roteirização, está incluído também em um macrorroteiro, que
une o litoral do Piauí aos dos
vizinhos Ceará e Maranhão.
Os ventos sopram a favor da
região. A maior dificuldade -o
acesso às cidades do Delta-
está em vias de ser sanada:
o Aeroporto Internacional de
Parnaíba deve estar em pleno
funcionamento neste ano.
Nesse contexto, a praia de
Atalaia, na cidade de Luís Correia (276 km a norte de Teresina), saiu na frente. Está estruturando sua orla para receber
15 barracas de 180 m2 cada uma.
Parte da explicação para o
novo visual está na geografia do
Estado. Com 66 km de litoral, é
disputado por turistas e, segundo empresários, não há infra-estrutura para recebê-los.
"Vamos oferecer conforto ao
viajante de alta renda, que migrou para outras praias", explica Carlos José Rodrigues Machado, 59, que mantém um restaurante lá desde os anos 1970.
O outro lado da avenida da
praia permanece, em parte de
sua extensão, intocado. "É um
ótimo local para que empresários invistam em lojas de artesanato, comércios de alimentos e hotéis", opina Machado.
O gerente de projetos de turismo do Sebrae-PI, Raimundo
Gilson de Vasconcelos, no entanto, recomenda cautela. "Tudo indica que a especulação
imobiliária já começou aqui."
Se o litoral comporta mais
empresas, as ilhas do Delta do
Parnaíba também. Investidores ingleses, dizem, já teriam
comprado uma delas para a
construção de um resort.
Nas mãos da comunidade
A Ilha das Canárias, que abriga a pousada Paraíso das Canárias, é uma das maiores da área
e parada quase obrigatória de
barcos e lanchas que percorrem a união do rio com o mar.
"Na alta temporada, os dez
quartos lotam. Mas o lucro
maior vem do restaurante, que
rende R$ 12 mil ao mês", afirma
o gerente, Jerry Gaspar, 35.
Ele revela que as oportunidades de negócios na ilha ultrapassam o segmento turístico.
"Padaria, lojas e supermercado
terão excelente aceitação."
Assim como outros locais do
Nordeste, o Piauí tem influência indígena refletida no artesanato. As lojas que comercializam esses itens pululam por
Parnaíba. Só no bairro de Porto
das Barcas, em Parnaíba, o administrador da Artesanato
Mandu Ladino, Felipe Nascimento, 33, calcula que haja dez.
"Pode parecer muito, mas há
espaço. Só é preciso profissionalização para se destacar."
O diretor-geral da Piemtur
(Piauí Turismo), José do Patrocínio Paes Landim, ressalta que
a região precisa de capacitação.
E estimula: "Há oportunidades
em qualquer segmento no Delta. Mas é preciso se preparar
para receber os turistas".
(RB)
Os repórteres hospedaram-se e visitaram a região a convite do MTur e da Piemtur
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