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PORTAS PARA O BRASIL - REGIÃO CENTRO-OESTE
Estender o Pantanal é meta em MS
Bonito e Serra da Bodoquena formarão roteiro integrado com a atração mais "pop" do Estado atrativos locais, destacam-se os passeios a cavalo
ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A MATO GROSSO DO SUL
"Experiencie a melhor observação de vida selvagem do
continente nessas vastas terras
úmidas cujo território mede a
metade da França e ostenta as
maiores concentrações de fauna presentes no Novo Mundo."
Pela passagem acima, do guia
de turismo "Lonely Planet",
um dos mais vendidos no mundo, não é difícil perceber por
que 70% dos visitantes atuais
do Pantanal são estrangeiros,
que gastam, em média, US$ 90
por dia, em roteiros que duram,
em geral, de três a cinco dias.
Esse cenário, no entanto, não
vale para Mato Grosso do Sul
como um todo: no Estado, os
números se invertem -cerca
de 65% dos turistas ainda são
locais, 21% vêm de outros Estados e só 14% são estrangeiros.
Sem deixar de incentivar os
viajantes nacionais, a proposta
que agora une governos federal,
estadual e municipais é expandir o número de forasteiros
além das fronteiras do Pantanal. Para isso, a palavra da vez
se resume a uma: integração.
"O projeto é interligar Bonito, Serra da Bodoquena e Pantanal", afirma a consultora do
Sebrae-MS (Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Peque-
nas Empresas) Márcia Rocha.
Com isso, a região deve receber
R$ 15 milhões em investimentos governamentais neste ano.
Dos 130 km que separam Bonito do Pantanal, por exemplo,
67 km estão asfaltados. Outro
investimento considerável é a
volta do trem que ligará Corumbá a Porto Esperança
-uma viagem pelo meio do
Pantanal que tem como grande
atrativo conhecer a vida do homem, a flora e a fauna da região.
Rocha diz que, por ser uma
região carente, há várias oportunidades de negócios. "Faltam
postos de parada com comida
típica e banheiros limpos na
maioria dos municípios."
"Uma bebida típica da região
é o tereré. Não existe uma parada charmosa que ofereça essa
bebida para refrescar os visitantes", complementa Rocha.
Outras opções estão relacionadas ao turismo contemplativo, de eventos e esportivo.
"Há anos tento oferecer vôos de
balão aos hóspedes, mas não
consigo encontrar firmas especializadas como parceiras",
conta Fábio Henrique, gerente
da pousada Caiman, localizada
no município de Miranda.
Belos lucros
O município de Bonito, famoso pelas atrações naturais,
também busca empresários.
O destino planeja dobrar seu
número de leitos -de 4.000 para 8.000- até o fim deste ano.
"Acredito que os empreendedores podem ganhar mais dinheiro com a oferta de serviços
com qualidade e diversificação.
Precisamos de quem ajude a
criar uma cultura própria para
o município", destaca Andréia
Fontoura, dona do bar Taboa.
Os repórteres hospedaram-se e visitaram a região a convite do MTur e da secretaria estadual
de turismo
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