São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006


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PORTAS PARA O BRASIL - REGIÃO CENTRO-OESTE

Estender o Pantanal é meta em MS

Bonito e Serra da Bodoquena formarão roteiro integrado com a atração mais "pop" do Estado atrativos locais, destacam-se os passeios a cavalo

ROSANGELA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL A MATO GROSSO DO SUL

"Experiencie a melhor observação de vida selvagem do continente nessas vastas terras úmidas cujo território mede a metade da França e ostenta as maiores concentrações de fauna presentes no Novo Mundo."
Pela passagem acima, do guia de turismo "Lonely Planet", um dos mais vendidos no mundo, não é difícil perceber por que 70% dos visitantes atuais do Pantanal são estrangeiros, que gastam, em média, US$ 90 por dia, em roteiros que duram, em geral, de três a cinco dias.
Esse cenário, no entanto, não vale para Mato Grosso do Sul como um todo: no Estado, os números se invertem -cerca de 65% dos turistas ainda são locais, 21% vêm de outros Estados e só 14% são estrangeiros.
Sem deixar de incentivar os viajantes nacionais, a proposta que agora une governos federal, estadual e municipais é expandir o número de forasteiros além das fronteiras do Pantanal. Para isso, a palavra da vez se resume a uma: integração.
"O projeto é interligar Bonito, Serra da Bodoquena e Pantanal", afirma a consultora do Sebrae-MS (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque- nas Empresas) Márcia Rocha. Com isso, a região deve receber R$ 15 milhões em investimentos governamentais neste ano.
Dos 130 km que separam Bonito do Pantanal, por exemplo, 67 km estão asfaltados. Outro investimento considerável é a volta do trem que ligará Corumbá a Porto Esperança -uma viagem pelo meio do Pantanal que tem como grande atrativo conhecer a vida do homem, a flora e a fauna da região.
Rocha diz que, por ser uma região carente, há várias oportunidades de negócios. "Faltam postos de parada com comida típica e banheiros limpos na maioria dos municípios."
"Uma bebida típica da região é o tereré. Não existe uma parada charmosa que ofereça essa bebida para refrescar os visitantes", complementa Rocha.
Outras opções estão relacionadas ao turismo contemplativo, de eventos e esportivo. "Há anos tento oferecer vôos de balão aos hóspedes, mas não consigo encontrar firmas especializadas como parceiras", conta Fábio Henrique, gerente da pousada Caiman, localizada no município de Miranda.

Belos lucros
O município de Bonito, famoso pelas atrações naturais, também busca empresários. O destino planeja dobrar seu número de leitos -de 4.000 para 8.000- até o fim deste ano.
"Acredito que os empreendedores podem ganhar mais dinheiro com a oferta de serviços com qualidade e diversificação. Precisamos de quem ajude a criar uma cultura própria para o município", destaca Andréia Fontoura, dona do bar Taboa.


Os repórteres hospedaram-se e visitaram a região a convite do MTur e da secretaria estadual de turismo


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