São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LIVREIRO

Comodidade para estudantes deu início a nicho de mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando, aos 15 anos, trabalhava em um garimpo, o empresário José Xavier Cortez, 72, nem pensava em ser dono de editora e livraria.
Aos 26 anos, mudou-se do Rio Grande do Norte para São Paulo, onde começou a estudar economia na PUC (Pontifícia Universidade Católica). Para se sustentar, era manobrista e lavador de carros.
"Eu comecei a levar uns livros que os professores indicavam para vender aos alunos da faculdade. Em cima disso, eu ganhava uma comissão", relata.
Com o tempo, os pedidos tanto da turma de economia como dos alunos de outros cursos aumentaram, e Cortez colocou uma bancada dentro da própria PUC para vender os títulos. "Era conhecido como o "sacoleiro do livro"."
O que diferenciou o empresário em seu negócio foi a ousadia de começar a publicar livros que outras editoras temiam durante a ditadura militar, que só terminaria anos depois.
Cortez conta que publicava textos de serviço social e de educação -temas pelos quais ficou conhecido- e que nunca sofreu sanção do governo.
"Hoje somos uma editora de porte médio, com 70 funcionários, que cresce 10% ao ano."


Texto Anterior: Tesoura dos famosos: Contato com celebridades da TV ajudou a impulsionar o negócio
Próximo Texto: Sanduíche: Para crescer, empresa investiu todos os ganhos das temporadas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.