|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LIVREIRO
Comodidade para estudantes deu início a nicho de mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando, aos 15 anos, trabalhava em um garimpo, o empresário José Xavier Cortez, 72,
nem pensava em ser dono de
editora e livraria.
Aos 26 anos, mudou-se do
Rio Grande do Norte para São
Paulo, onde começou a estudar
economia na PUC (Pontifícia
Universidade Católica). Para se
sustentar, era manobrista e lavador de carros.
"Eu comecei a levar uns livros que os professores indicavam para vender aos alunos da
faculdade. Em cima disso, eu
ganhava uma comissão", relata.
Com o tempo, os pedidos
tanto da turma de economia
como dos alunos de outros cursos aumentaram, e Cortez colocou uma bancada dentro da
própria PUC para vender os títulos. "Era conhecido como o
"sacoleiro do livro"."
O que diferenciou o empresário em seu negócio foi a ousadia de começar a publicar livros
que outras editoras temiam durante a ditadura militar, que só
terminaria anos depois.
Cortez conta que publicava
textos de serviço social e de
educação -temas pelos quais
ficou conhecido- e que nunca
sofreu sanção do governo.
"Hoje somos uma editora de
porte médio, com 70 funcionários, que cresce 10% ao ano."
Texto Anterior: Tesoura dos famosos: Contato com celebridades da TV ajudou a impulsionar o negócio Próximo Texto: Sanduíche: Para crescer, empresa investiu todos os ganhos das temporadas Índice
|