São Paulo, domingo, 22 de fevereiro de 2004


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Escritórios modernos optam por bancadas e "aquários"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A importância da troca de informações entre funcionários e o conceito de transparência nas empresas derrubaram barreiras dos ambientes, como paredes e mesas individuais. No lugar delas, foram criados espaços mais amplos, organizados com bancadas, "aquários" ou painéis para dividir departamentos e funções.
As mudanças começaram na década de 60, nos Estados Unidos, com a inovação do conceito de escritório. Na década de 70, os móveis com design mais arrojado e materiais como metais, vidros, fórmica, plástico, borracha, alumínio e aglomerados foram conquistando o mercado.
No Brasil, essa moda chegou nos anos 90. "As superfícies lisas e laváveis são mais práticas", diz o arquiteto Gilberto Fagundes, 59, gerente de produto da Giroflex.
No que diz respeito à estrutura elétrica, as mudanças também foram grandes, em decorrência da informatização dos escritórios: computadores em rede, pontos telefônicos e fax. Nas reformas e construções atuais, os pontos já são incluídos nos projetos. O ideal é que fiquem próximos uns dos outros e escondidos atrás da parede, por uma questão estética.
Para fugir da decoração padrão dos escritórios de advocacia, Jorge Sato, 34, e seus quatro sócios contrataram um arquiteto, já que queriam inovar no visual e também no conceito. Resultado: os móveis são de madeira escura, o que é considerado chique, mesas e cadeiras abusam dos cromados e as paredes são claras (o ideal, assim como os tons pastel).
A equipe não é dividida em baias: todos se vêem. E as salas dos sócios têm uma ligação interna, por meio de uma espécie de janela de vidro.
"É tudo aberto. E, quando precisamos de privacidade, fechamos as portas e as persianas. É um investimento alto, mas o resultado é nítido. As pessoas se sentem confortáveis aqui", analisa Sato.
As pessoas em questão não são só funcionários, que, quando estão satisfeitos, produzem mais. Atrair clientes é parte da estratégia. "A preocupação com o ambiente deixa implícito que a empresa também está preocupada com a qualidade do serviço e com a organização. Isso também é um fator de concorrência", diz Pierre Allan Staussenergger, presidente do Sindimov (Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo).
A térmica (fluxo ideal do ar condicionado), o visual (casamento adequado de iluminação natural e artificial e pintura das paredes) e a acústica (isolamento de ruídos exteriores) também fazem parte de uma estratégia bem-sucedida de decoração. (LS)


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