São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002


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Administrar mal cifras acaba com qualquer negócio

Muitos pequenos empreendedores não têm a noção exata sobre o capital de giro e o utiliza mal. Transformar estoque em ativo circulante, por meio da venda com desconto, é uma opção para manter o caixa líquido, mas acaba em perda de rentabilidade, que uma hora terá de ser recomposta.
Acumular déficits repetitivos pode inviabilizar um negócio. O custo de carregar uma dívida grande por muito tempo pode ser fatal para a empresa. "Não se pode esquecer que as fontes de receitas são finitas. Quando o risco cresce muito, o negócio pode ficar inviável", ensina o professor de atividades em finanças no varejo da FEA/ USP (Faculdade de Contabilidade, Economia e Administração da Universidade de São Paulo), José Carlos Souza Filho.
Como é alto o custo para se manter, é preciso ter capital de giro para administrar períodos de crise e sazonalidades do seu ramo de atividade. O especialista avalia que "sempre" é mais barato se desfazer de algum bem a ter de tomar empréstimos. A recuperação das perdas é mais rápida do que quando se contrai dívidas.
Outro erro bastante comum é gastar mais que o necessário quando a situação está confortável. A dica é estabelecer retiradas fixas e sempre manter capital de giro disponível. Muitos negócios naufragam porque o seu dono "confunde" gastos pessoais com os da empresa (veja quadro).
Para o consultor financeiro do Sebrae Luis Alberto Lobrigatti nem sempre a sobra de recursos representa lucro. Quando o caixa está azul a melhor opção é reinvestir, para continuar competitivo.

TRÊS DICAS
Nunca dê um passo maior que a perna;
Não se endivide;
Não perca o foco.



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