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Organizar o fluxo de informações dentro de uma companhia, seja ela pequena ou grande, nem sempre é tarefa fácil. Frequentemente os documentos estão organizados segundo critérios diferentes ou há redundância de informações nos vários departamentos da empresa.
Para resolver o problema, os programas ERP (Enterprise Resource Planning, ou softwares de planejamento empresarial) oferecem soluções para empreendimentos de vários portes.
Os ERPs são planejados para ajudar o gestor a fazer operações tributárias, de compra e de venda de itens, de interação com fornecedores, de controle da produção e outras. O programa usa um banco de dados unificado, que evita disparidades entre as informações de cada setor.
A ferramenta é recomendada para empresas com faturamento anual superior a R$ 800 mil.

Implantação
Instalar um software de gestão é uma tarefa que requer muito planejamento do empreendedor.
Os custos giram em torno de R$ 50 mil para implantar, do zero, o ERP em uma pequena empresa. Isso inclui, geralmente, os módulos básicos de finanças, logística, venda e compra de material.
Uma companhia média, que precise de dois ou três módulos adicionais -como gestão de RH, manutenção de equipamentos ou importação e exportação-, gastará cerca de R$ 150 mil.
Os valores incluem o custo de implantação (construção de um banco de dados central e personalização do software de acordo com as necessidades da empresa), treinamento de pessoal e aquisição de computadores.
A implantação leva, em média, de três a seis meses. A manutenção do sistema consome mais cerca de R$ 1.000 mensais, referentes a atualizações de leis tributárias e fiscais no software.

Sem volta
O processo tem de ser levado a sério. "Para recuar, o ônus seria muito grande", afirma a gerente de tecnologia da Cuno Latina, fabricante de sistemas de filtração, Ivete Becker. A companhia pesquisou durante um ano qual ERP iria usar. Feita a escolha, levou mais oito meses para implantá-lo.
Ao todo, 27 módulos foram instalados, cobrindo do RH à produção fabril. Dois deles não estão sendo utilizados: o administrativo e o financeiro. "Vamos rever alguns conceitos para não abandonar esses módulos", diz Becker.
Apesar disso, os resultados, como economia de tempo e maior confiabilidade das informações, foram considerados satisfatórios.
(RENATO ESSENFELDER)


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