São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006


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MARCA QUENTE

Marca forte é estratégia para concorrer com grandes

Pequenas investem na construção de grife para se destacar no mercado

Anna Carolina Negri/Folha Imagem
A empresa Bella Paulista, que cresceu graças ao investimento na marca


DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

Em produtos ou em serviços, a soberania de grandes companhias vem dividindo espaço com a ousadia de pequenas firmas detentoras da preferência de consumidores cativos.
O segredo para tirar vantagem nessa disputa de mercado, esclarecem empresários e consultores, é investir na construção de uma marca valiosa.
"Existem inúmeros casos de pequenas empresas que concorrem com corporações gigantes e conseguem obter sucesso com as suas marcas", confirma o diretor de varejo do instituto de pesquisas ACNielsen, João Carlos Lazzarini.
Entre os vários exemplos, ele cita a marca paranaense de xampu Herbarium, concorrente de produtos da Unilever e Colgate; a cerveja paulista Baden Baden e a catarinense Eisenbahn, que disputam espaço com a AmBev e o Grupo Schincariol; e a padaria paulistana de conveniência Galeria dos Pães, que se tornou grife em um mercado bastante concorrido.
A principal razão do destaque obtido por elas é, de acordo com especialistas, o fato de essas empresas terem compreendido -e atendido- as expectativas de um nicho de consumidores que, até então, mostrava-se insatisfeito com as opções disponíveis no mercado.
"É isso o que gera a fidelização, e as pequenas empresas têm mais facilidade para atender nichos", destaca Lazzarini.

Popularidade
O passo-a-passo do sucesso obtido por essas firmas passa, necessariamente, pela descoberta de uma boa oportunidade de mercado e pela adoção de uma estratégia de marketing eficaz para aquele segmento.
"Marca forte não tem de ser necessariamente muito conhecida", ressalta o consultor Luiz Fernando Lucas, da Meglio Consultoria e Design.
Segundo ele, basta que a grife divulgue sua vantagem competitiva, conquiste a preferência do público-alvo e dê lucro.
"Ser conhecida é apenas um dos critérios de avaliação da força da marca", concorda o professor de gestão de marcas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Paulo Sérgio Quartiermeister. E completa: "O principal é a sua associação a atributos valorizados pelo público-alvo, a percepção de sua superioridade em relação aos concorrentes e a lealdade de seu consumidor".


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