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MARCA QUENTE
Marca forte é estratégia para concorrer com grandes
Pequenas investem na construção de grife para se destacar no mercado
Anna Carolina Negri/Folha Imagem
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A empresa Bella Paulista, que cresceu graças ao investimento na marca |
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Em produtos ou em serviços,
a soberania de grandes companhias vem dividindo espaço
com a ousadia de pequenas
firmas detentoras da preferência de consumidores cativos.
O segredo para tirar vantagem nessa disputa de mercado,
esclarecem empresários e consultores, é investir na construção de uma marca valiosa.
"Existem inúmeros casos de
pequenas empresas que concorrem com corporações gigantes e conseguem obter sucesso com as suas marcas",
confirma o diretor de varejo do
instituto de pesquisas ACNielsen, João Carlos Lazzarini.
Entre os vários exemplos, ele
cita a marca paranaense de
xampu Herbarium, concorrente de produtos da Unilever e
Colgate; a cerveja paulista Baden Baden e a catarinense Eisenbahn, que disputam espaço
com a AmBev e o Grupo Schincariol; e a padaria paulistana de
conveniência Galeria dos Pães,
que se tornou grife em um mercado bastante concorrido.
A principal razão do destaque obtido por elas é, de acordo
com especialistas, o fato de essas empresas terem compreendido -e atendido- as expectativas de um nicho de consumidores que, até então, mostrava-se insatisfeito com as opções
disponíveis no mercado.
"É isso o que gera a fidelização, e as pequenas empresas
têm mais facilidade para atender nichos", destaca Lazzarini.
Popularidade
O passo-a-passo do sucesso
obtido por essas firmas passa,
necessariamente, pela descoberta de uma boa oportunidade
de mercado e pela adoção de
uma estratégia de marketing
eficaz para aquele segmento.
"Marca forte não tem de ser
necessariamente muito conhecida", ressalta o consultor Luiz
Fernando Lucas, da Meglio
Consultoria e Design.
Segundo ele, basta que a grife
divulgue sua vantagem competitiva, conquiste a preferência
do público-alvo e dê lucro.
"Ser conhecida é apenas um
dos critérios de avaliação da
força da marca", concorda o
professor de gestão de marcas
da ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing) Paulo Sérgio Quartiermeister. E
completa: "O principal é a sua
associação a atributos valorizados pelo público-alvo, a percepção de sua superioridade em relação aos concorrentes e a lealdade de seu consumidor".
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