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PÓS-2014
Avaliação de longo prazo determina o sucesso da empresa
Investimentos devem considerar estratégia para a fidelização de clientes após o torneio
DE SÃO PAULO
A euforia do mercado com
o potencial da Copa-2014
pode camuflar uma questão
que deve ser avaliada desde
já -o pós-evento.
Analistas consultados pela Folha afirmam que ganhar clientes e incrementar a
qualidade de produtos e serviços são efeitos desejados
para depois do Mundial.
"Parte dos investimentos
feitos, no entanto, talvez tenha de ser desmobilizada,
correndo-se o risco de prejuízo", pondera José Carlos Pinto, sócio da Ernst & Young.
É necessário, portanto,
analisar tendências e cenários para o fim dos eventos.
Na empolgação, o empresário pode se endividar, indica
André Coutinho, da KPMG.
Dono de uma franquia do
CNA, o administrador Leonardo Lagnado, 25, tem delineados os planos para os
próximos seis anos.
Quando comprou a franquia, em novembro de 2009,
por cerca de R$ 200 mil, considerou a ampliação da demanda por aulas de idiomas.
Sua unidade deve alcançar 500 alunos até o fim do
ano -hoje tem 240-, dos
quais 100 devem procurar
cursos pensando em qualificação para a Copa e as Olimpíadas, segundo Lagnado.
O pós-evento deve ficar
por conta das rematrículas.
A rede tem taxa de 70%, mas
ele espera algo entre 80%
e 85%. "Parte desses alunos
devem querer se especializar
e fazer outros programas."
Outra rede de escolas de
idioma, a Fisk, também aposta na retenção de alunos para
o período pós-evento.
A expectativa é que a empresa tenha crescimento de
20% ao ano em faturamento
e em número de alunos e de
unidades até 2014 -a taxa
atual é de 15% ao ano, segundo Christian Ambros, diretor
da Fundação Fisk.
Os investimentos feitos para impulsionar os negócios
durante a Copa e as Olimpíadas devem se propagar para
além de 2016 na Yes Rent a
Car, diz Raimundo Teixeira,
diretor de franchising.
"Teremos pessoal mais
qualificado e frota maior para atender à demanda latente
do país", planeja.
(JV)
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