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Após período de forte contenção de gastos nas empresas, a procura dos brasileiros por feiras de negócios no exterior ensaia retomada. Brena Baumle, diretora da Hannover Fairs do Brasil, consultoria que auxilia empresários a participar de eventos estrangeiros, nota que o interesse é perceptível desde o semestre passado.
O movimento é confirmado pela Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações do Brasil), que observa que as reservas de espaço para eventos de 2004 cresceram, em média, entre 20% e 25% ante edições do ano passado. Na Expocomer, por exemplo, feira multissetorial do Panamá, as reservas dobraram para 720 m2.
Cerca de 6.500 expositores foram a 328 feiras estrangeiras com o apoio da agência no último ano. Entre os eventos mais visitados por brasileiros, estão a Feira Industrial de Hannover (Alemanha) e o Salão Internacional de Alimentação (França), diz Baumle.
A maior movimentação nos pavilhões brasileiros é confirmada por participantes. "A cada ano há mais expositores", avalia Poliana Correa Lima, diretora de exportação da Agro Food, que expõe especiarias e café. Apesar disso, ela critica a localização "muitas vezes ruim" dos pavilhões brasileiros.

Vaivém
A organização de showrooms e feiras fora do Brasil por promotoras nacionais também promete. Em fevereiro, 50 empresas brasileiras integrarão o 7º Showroom de Calçados Brasileiros, na Argentina. "Em 2000, não levamos mais de 15", diz Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, que aposta em aumento das exportações aos países latinos.
Francisco Santos, presidente da Couromoda, feira do setor coureiro-calçadista, diz que investidas no exterior também objetivam atrair compradores para o país. Em janeiro, a Couromoda Brasil recebeu 2.730 importadores de 62 países, visitação recorde, segundo a organizadora da feira.
Do outro lado do balcão, a presença de expositores estrangeiros também é significativa. A Ubrafe estima que, das 38 mil empresas que integrarão seu calendário neste ano, 6.000 venham do exterior. (SILVIA BASILIO RIBEIRO)


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