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feiras
Cresce a variedade de orgânicos
Produtores buscam certificação e multiplicação de canais de venda para aumentar receita
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Transmitir ao consumidor
que os orgânicos não são apenas livres de agrotóxicos e que
atendem a exigências em toda a
cadeia produtiva para obter
certificação é o desafio dos produtores. Eles ainda querem aumentar o volume de itens e
abrir canais de distribuição.
Esses objetivos estão no planejamento dos 328 produtores
de orgânicos e sustentáveis que
participaram da BioFach América Latina e da ExpoSustentat,
que aconteceram na semana
passada, no Transamérica
Expo Center, em São Paulo.
O destaque dos eventos foi a
diversidade de produtos. Além
de estarem nos vegetais, os orgânicos estão em categorias como fraldas, cosméticos e carnes. De acordo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o mercado brasileiro
de orgânicos movimenta US$
250 milhões ao ano.
"Ainda é uma fatia pequena,
se comparada ao mercado
mundial, que movimenta cerca
de US$ 30 bilhões", avalia Maria Beatriz Martins Costa, organizadora dos eventos.
Segundo ela, os orgânicos vão
ganhar mais credibilidade com
o selo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que deve começar a ser distribuído até o final do ano.
Demanda e oferta
Sandra Caires Saboia, gerente de desenvolvimento do grupo Pão de Açúcar, diz que a
receita da venda de hortifrútis
orgânicos passou de R$ 6
milhões, em 2002, para R$ 24
milhões, no ano passado.
"Não vendemos mais porque
não há quantidade para abastecer todas as lojas", destaca.
Josiane Stringhini, da JBS,
que faz o Organic Beef, conta
que a empresa já vende os cortes mais nobres. "Quando o
consumidor aprende como o
boi é tratado para se obter a
carne orgânica, ele paga a diferença de entre 10% e 30%."
A Cia. Orgânica, de Paulo Vilela, tem o selo do Instituto
Biodinâmico. "A produção
orienta-se pelo calendário lunar, o que acentua cor e sabor."
A firma vende para os Estados
Unidos, para o Japão e para os
Emirados Árabes Unidos.
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