São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011


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Carnaval é esperança de empresas

Empresários afetados por chuvas em SP e RJ aguardam aumento de turistas em uma semana

DO ENVIADO ESPECIAL

Foram cerca de 10 mil empresas afetadas pelas chuvas em Petrópolis e em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, em 12 de janeiro.
Nesse número estão não apenas os 76 negócios de Petrópolis que computam a destruição total ou parcial do imóvel ou do estoque mas também aqueles que têm de lidar com problemas de falta de infraestrutura, diz o diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Carlos Alberto dos Santos.
Sem falar na falta de clientes -Petrópolis e Teresópolis são redutos turísticos fluminenses. As imagens de destruição têm forte apelo emocional e fazem com que os turistas evitem o lugar.
Uma das expectativas dos empresários, especialmente dos ligados a esse segmento, é que o movimento retorne aos patamares anteriores aos da tragédia em menos de uma semana, no Carnaval.
Entre eles está Américo Palha, proprietário da pousada Les Roches, em Petrópolis. Para receber os hóspedes, ele literalmente colocou a mão na terra -tem trabalhado na reconstrução dos jardins do estabelecimento, arrasados pela enchente em janeiro.
Todos parecem dispostos a reerguer o local, diz ele. "Até o garçom da pousada está ajudando a plantar grama, para que possamos reabrir até o Carnaval e receber nossos visitantes. Alguns já fizeram reservas", conta.
Apesar da expectativa de que um dos principais feriados nacionais impulsione o movimento, o retorno nem sempre é o esperado.
Célia Lobo, sócia da pousada Ápice, em São Luiz do Paraitinga (SP), por exemplo, diz sofrer há mais de um ano com a falta de turistas.
O município foi afetado por fortes chuvas no Réveillon de 2010 e até hoje é lembrado, segundo Lobo, como a cidade da enchente.
Para manter o funcionamento, a pousada mudou de público-alvo e passou a focar quem foi para a cidade para ajudar na reconstrução.
"São Luiz do Paraitinga virou um canteiro de obras e recebemos essas pessoas que vieram para cá trabalhar."


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