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Acessórios ditam moda dos desfiles às vitrinas
Bolsas, cintos, colares e chapéus são aposta para incrementar as vendas
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os empresários que acompanharam os primeiros dias da
São Paulo Fashion Week perceberam que, contrariando o próprio nome, os acessórios deixaram de ser elementos secundários para se tornar a jóia da coroa na coleção outono/inverno.
Como as roupas de tons sóbrios dominaram os desfiles,
cintos, bolsas, colares e sapatos
ganharam relevo na composição dos "looks" da temporada.
Para quem está do lado de fora das passarelas, isso se traduz
na oportunidade de aumentar o
faturamento, agregando valor
às peças básicas com a venda
de acessórios diferenciados.
"Os lojistas de confecção podem faturar bem mais ao oferecer acessórios. Por isso devem
se preocupar em valorizá-los
na vitrina", destaca Maurício
de Paula, vice-presidente da
Popai Brasil, especializada em
marketing no ponto-de-venda.
Janiene Santos, coordenadora do curso de acessórios do
IED (Istituto Europeo di Design), afirma que "a tendência,
já explorada pelas grandes
marcas, atingirá as pequenas".
E, segundo ela, bolsas "gigantes", botas curtas e materiais
como couro vegetal terão boa
saída. "Anéis vistosos, colares
de acrílico ou de pedras como
rubi, que remetem ao poder,
também entram para a lista."
Nem tudo o que reluz
Como nem tudo o que é tendência atende a todos os gostos,
o coordenador-geral do Provar,
Claudio Felisoni de Angelo,
orienta a escolher os acessórios
de acordo com o estilo de público que freqüenta a loja e o tipo
de roupa que ele quer vestir.
"Quando acontece essa sinergia, a venda desses itens
corresponde a 30% a mais no
faturamento da loja. Por isso
eles devem ser considerados
um instrumento de competição no varejo", enfatiza.
Segundo Angelo, a falta de
tempo do cliente também ajuda a incrementar essas vendas:
"Se ele encontrar o "look" de seu
gosto no mesmo lugar, comprará as peças conjuntamente".
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