São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004


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PEQUENAS NOTÁVEIS

Pesar benefícios de ambos os perfis de eventos reduz desgaste e perda de dinheiro

Foco determina em que feira investir

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Grande ou pequena, o que faz a diferença numa feira é se o foco proposto pela organizadora bate com o objetivo do empresário.
Afinal, se a idéia é popularizar a marca do negócio, nada como uma mostra que atraia mídia e um grande número de clientes finais. Mas, se a meta é receber apenas quem está interessado naquele setor, um evento mais reservado não deve nada ao grande.
Pequenos promotores têm a vantagem de prestar um atendimento mais personalizado ao expositor. Porém, a falta de experiência ou de infra-estrutura de algumas empresas de eventos pode significar dinheiro jogado fora.
Para saber onde investir, a regra é esta: pesquisar o mercado, conversar com quem já participou de outras edições e obter informações sobre o ramo de eventos.

Crescimento moderado
Descontentes com a impessoalidade de feiras de grande porte, antigos expositores do setor de presentes se uniram e, em 1999, fundaram a Abup (Associação Brasileira de Utilidades e Presentes), promotora da Abup Show.
Com 12 expositores no ano de estréia, hoje os organizadores dizem haver até fila de espera de interessados em participar. Na última edição, que terminou na segunda-feira, foram 70 estandes.
"Não queremos crescer desenfreadamente e cometer os mesmos erros dos que criticamos. Queremos manter a qualidade na seleção dos participantes para nos fortalecer", afirma Nelson Cavani, 52, presidente da Abup.
O ponto alto do evento, diz Cavani, está no atendimento. "Dá mais resultado que participar de feiras famosas porque conseguimos atender melhor nossos clientes. Quem quer entrar passa primeiro por uma comissão que analisa os produtos e a questão da concorrência", explica.
Cecília Rima, proprietária da Casa Bonita (decoração), trocou as grandes pela Abup Show. "O metro quadrado é mais barato, só atendemos lojistas, um público mais profissional, e, como oferecemos conforto, o pessoal tem mais disposição para comprar."
As vendas feitas na feira foram equivalentes a quatro meses de faturamento. "Isso porque o evento é bem organizado. Hoje não voltaria a participar de feiras grandes, foi uma aposta que não deu certo", comenta.

Cuidados
Ampliar a carteira de clientes e expor seu produto ou seu serviço para compradores potenciais, claro, tem um preço. O custo médio do metro quadrado numa pequena feira em São Paulo sai por cerca de R$ 300. No exterior, esse valor pode chegar a US$ 500.
Depois de certificar-se sobre qual a exposição certa para o seu objetivo e seu bolso, é hora de elaborar uma "estratégia de presença". O Sebrae-SP aponta as três etapas que devem ser observadas.
O primeiro passo é o planejamento do evento: não confie apenas no "mailing" do organizador, tenha seus próprios endereços para a distribuição dos convites e treine os funcionários que estarão no estande. A segunda fase é a feira propriamente dita. Luiz Álvaro, do Sebrae, lembra a importância de fazer o cadastro dos visitantes, pois ele indicará quantos e como foram os atendimentos realizados durante o evento.
A última etapa é o pós-feira, em que o empresário precisa se organizar para entregar no prazo os pedidos fechados no estande.


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