São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004


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EM FOCO

Pequenas firmas desafiam poder de "gigantes"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

De um lado, uma marca conhecida apoiada em um grande grupo multinacional. De outro, um produto lançado em novembro do ano passado, feito por uma pequena empresa com 22 funcionários.
Para brigar com o Gatorade, produto da PepsiCo distribuído no país pela AmBev, entra em cena o Whoops!, fabricado pela brasileira Norim. São opções que o consumidor tem ao procurar um isotônico (repositor hidroeletrolítico).
O Whoops! acaba de conquistar espaço em hipermercados do país, entre eles CompreBem, Extra, Pão de Açúcar e Sendas. Antes, segundo José Alvarez, 47, diretor da empresa, o objetivo era colocar a marca no pequeno varejo, ocupando as prateleiras de padarias, academias e lojas de conveniência em São Paulo e no Rio.
"Multiplicamos nosso faturamento por oito [desde novembro de 2003]", afirma Alvarez. Hoje, a empresa fatura R$ 500 mil mensais e espera um aumento de 60% no verão.
São vendidas 60 mil caixas por mês. A meta é atingir as 250 mil caixas no prazo de 18 meses. "Em cinco anos, quero ter 20% desse mercado", aponta. Em outubro, a firma lança três outros sabores do isotônico.
O preço e a quantidade de produto por embalagem são os mesmos do Gatorade. "A estratégia não é um preço menor, a idéia é mais sabor e benefícios pelo mesmo dinheiro." Os diferenciais, de acordo com ele, são a utilização de sucos naturais e o acréscimo de vitaminas. "E com a vantagem de que somos uma empresa 100% brasileira."

Leite de cabra
Cabritim é o achocolatado lançado neste ano pela fluminense CCA. Objetivo? Ganhar mercado como opção "premium" da categoria, disputando com marcas como Nescau Prontinho e Toddynho.
Apostando no produto diferenciado -o único feito com leite de cabra-, a empresa tem foco no público infantil "classe A". O Cabritim, que vende 54 mil unidades por mês, custa em média de duas a duas vezes e meia mais do que os concorrentes. "Se conseguirmos de 2% a 3% desse mercado, já estaremos bastante satisfeitos", declara Antonio Carlos Cordeiro, 43, sócio-diretor.
Apesar do projeto ambicioso, a principal aposta da firma, que tem 15 funcionários, é o consumidor com intolerância ao leite de vaca. (BL)


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