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Ernest Hemingway
O Velho e o Mar
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se fosse preciso escolher um
adjetivo para descrever Santiago,
velho pescador cubano, persistente
seria a melhor opção.
O protagonista de "O Velho e o Mar" encontra uma maré de
azar na pesca. Há 84 dias não
traz um peixe sequer do mar.
Mas não desiste -quando
deixa o porto de Havana rumo
ao alto-mar, Santiago até sente
que é seu dia de sorte. E é.
Um marlim, o maior que o
velho já pescou em sua vida, fica
preso no anzol e começa a
puxar a linha freneticamente.
Abatalha dura dois dias. Santiago,
mesmo cansado, não desiste.
Chega a se referir com carinho
ao peixe, como se fossem
parceirosemvezde inimigos.
No terceiro dia, o marlim se
rende e é abatido pelo arpão do
pescador -que, feliz com a vitória,
parte de volta para Cuba.
A peleja, porém, não termina.
Santiago ainda enfrenta os tubarões que vêm a trás do peixe.
Os esforços que o pescador
faz durante o livro são impressionantes,
principalmente porque
desistir não é uma opção.
O ápice do desespero do velho
-lutar contra um tubarão- dá
a dimensão da importância daquela
pesca para Santiago.
Mais importante que a oposição
entre vitória e derrota, conflito
que marca o fim do livro,
está a persistência, que ainda
pode ser vista como teimosia.
O Velho e o Mar
ERNEST HEMINGWAY
Editora: Bertrand Brasil
Quanto: R$ 31 (110 págs.)
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