São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007


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Ernest Hemingway

O Velho e o Mar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se fosse preciso escolher um adjetivo para descrever Santiago, velho pescador cubano, persistente seria a melhor opção.
O protagonista de "O Velho e o Mar" encontra uma maré de azar na pesca. Há 84 dias não traz um peixe sequer do mar.
Mas não desiste -quando deixa o porto de Havana rumo ao alto-mar, Santiago até sente que é seu dia de sorte. E é.
Um marlim, o maior que o velho já pescou em sua vida, fica preso no anzol e começa a puxar a linha freneticamente.
Abatalha dura dois dias. Santiago, mesmo cansado, não desiste.
Chega a se referir com carinho ao peixe, como se fossem parceirosemvezde inimigos.
No terceiro dia, o marlim se rende e é abatido pelo arpão do pescador -que, feliz com a vitória, parte de volta para Cuba.
A peleja, porém, não termina. Santiago ainda enfrenta os tubarões que vêm a trás do peixe.
Os esforços que o pescador faz durante o livro são impressionantes, principalmente porque desistir não é uma opção.
O ápice do desespero do velho -lutar contra um tubarão- dá a dimensão da importância daquela pesca para Santiago.
Mais importante que a oposição entre vitória e derrota, conflito que marca o fim do livro, está a persistência, que ainda pode ser vista como teimosia.


O Velho e o Mar
ERNEST HEMINGWAY
Editora:
Bertrand Brasil
Quanto: R$ 31 (110 págs.)


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