São Paulo, segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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CARTAS AO INTERNATIONAL WEEKLY

Sob uma árvore, ecos vindos de longe
(coluna Inteligência, de Roger Cohen, 7.set.2009)

Escrevo de uma casa antiga de fazenda no sudoeste da França, cercada por extensos campos de girassóis. Tive que fazer um grande esforço para sair da cama, onde estava me deleitando com a leitura do suplemento do "New York Times" publicado com o "Le Monde", para escrever esta carta.
Eu o fiz para expressar minha concordância com Roger Cohen sobre os avanços tecnológicos. Não podemos ignorá-los, mas podemos observar que eles nos estão desumanizando pouco a pouco. A crise financeira revelou que faltaram limites para contrabalançar a cobiça do homem, e, assim, faltam limites também para frear o domínio que as novas tecnologias exercem sobre a crença ingênua da humanidade nos benefícios do progresso.
Enquanto isso, vamos aplicar o freio de mão à vida que glorifica a velocidade. Vamos tirar tempo para curtir o prazer de olharmos à nossa volta e apreciarmos a vida na pista dos que andam mais devagar.
Alexander Elkayem
Villeneuve-sur-Lot, França

Os novos motores econômicos
(coluna Inteligência, de Roger Cohen, 21.set.2009)

De que maneira os mercados são mais eficientes que os reguladores? Os mercados não existem por si sós -sempre há uma regulamentação maciça em direção a metas que diferem.
A ideia de um "livre mercado" é uma ilusão criada para atender a um objetivo e que está sendo promovida por toda a mídia. Na verdade, "livre", neste contexto, significa um fluxo de capitais que está livre da responsabilidade pelas necessidades das populações.
Os países que Roger Cohen descreve como "novos motores econômicos" não teriam economias tão bem-sucedidas se não as regulamentassem.
Richard Bepple
Viena, Áustria

Achei que o sr. poderia se interessar: os dramas atuais envolvendo bancos não passam de reprises de todos os outros, ocorridos em intervalos aproximados de 18 a 20 anos: 1819, 1837, 1857, 1873, 1893, 1914, e então, após o pico imobiliário de 1926, o resto.
O sr. já deve estar familiarizado com 1974 e 1991. Mesma causa, mesma consequência. Há muitas evidências de que as crises bancárias passadas, do mesmo modo como a atual, foram provocadas pelo colapso dos preços imobiliários que as precederam.
Philip J. Anderson
Londres, Reino Unido

Deixar o ódio para trás
(coluna Inteligência, de Pamela Bloom, 31.ago.2009)

Li a versão em espanhol da coluna de Pamela Bloom publicada no "La Reforma". Diante da violência generalizada que devasta várias partes do mundo, particularmente o México, os ensinamentos do budismo nos indicam um caminho a seguir, independentemente de nossa religião. O verdadeiro ecumenismo é nossa única e derradeira chance de sairmos desta crise gerada pela falta de respeito mútuo e de salvarmos o planeta.
Guillermo de la Vega G.
México

Cartas de leitores de todo o mundo são ocasionalmente publicadas no suplemento "New York Times". Leitores da Folha podem enviar seus comentários a nytweekly@nytimes.com cartas ao international weeklY



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