São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009 |
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Grampo, gastos e assédio
No dia 24, o jornal acertou
ao usar o adjetivo "suposto"
em referência ao célebre grampo contra o presidente do STF.
Mas, quando o tema era manchete diária, não foi cauteloso.
Não demonstrava dúvida sobre o "grampo ilegal". Na quinta, o jornal deu manchete para a ampliação de R$ 873 milhões em gastos sociais do governo federal. Ressaltou ter ocorrido um dia após cortes no Orçamento de R$ 37 bilhões, que não estiveram na capa de quarta. Se o que envolvia valores maiores não era relevante para a primeira página, por que 3% deles foram manchete? Havia assuntos mais importantes, como os entraves a importações e o pacote econômico de Obama. Minha primeira reação ao artigo de Roger Abdelmassih na página A3 de quarta foi positiva. Achei que era garantia do direito de defesa. Cartas de leitores que o criticavam me mudaram a opinião. O espaço de "Tendências/ Debates" é para discutir ideias, não para tratar de crimes comuns. O artigo não analisa o tema do assédio sexual, só defende um acusado de tê-lo cometido. O jornal já lhe vinha dando espaço nas reportagens. Se queria dar mais, deveria tê-lo entrevistado. Texto Anterior: Falar é fácil, fazer nem tanto Próximo Texto: Para ler Índice Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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