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MEIO SÉCULO DE INTEGRIDADE NO JORNALISMO
Uma tendência do jornalismo da Folha a que tenho feito restrições com
muita frequência e convicção é a que
vem levando a dar mais importância e
atenção a personagens da notícia do
que aos processos que a engendram (o
político em vez da política, o artista em
vez da obra, o jogador em vez do time).
Por coerência, tenho tentado nesta
coluna e na crítica interna ser o mais
impessoal possível, citar minimamente nomes individuais. Outra razão para tal procedimento é a compreensão
de que o jornal é o resultado de trabalho coletivo, em que cada um certamente tem responsabilidades específicas, mas ninguém deve receber solitariamente créditos ou débitos.
Hoje e aqui, vou abrir exceção. A raridade do acontecimento, um dos critérios básicos para definir notícia, o
justifica. Em 24 de outubro, fez 50
anos a publicação da primeira matéria
assinada neste jornal por Julio
Abramczyk.
Ele é não apenas o mais antigo jornalista em atividade ininterrupta na
Folha como também o que mais tempo nela trabalhou em sua história. Domingos Ferreira Alves, que morreu no ano passado, em plena atividade, ficou
54 anos, mas vários deles passou em
outros veículos da casa.
O "Doutor Júlio", atualmente responsável pela coluna dominical "Plantão Médico", Prêmio Esso de Informação Científica em 1970 pela primeira
reportagem feita no Brasil sobre pontes de safena, é notável e consagrado
médico cardiologista, além de jornalista íntegro, competente e confiável.
Tem sido um exemplo para duas gerações de colegas. Que permaneça nessa
condição por ainda muito tempo mais.
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Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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