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Normas editoriais
As coberturas do seqüestro
dos dois funcionários da TV
Globo mostraram como as
empresas jornalísticas têm
orientações diferentes em relação a alguns temas.
Há cerca de quatro anos os
veículos das Organizações
Globo não citam os nomes dos
comandos do narcotráfico que
agem no Rio, como CV ou
ADA, por entenderem que assim evitam glamourizar e dar
status às quadrilhas. A norma
agora é aplicada ao PCC no noticiário de São Paulo.
A Folha entende, segundo a
secretária de Redação Suzana
Singer, que "omitir a sigla seria distorcer a realidade, brigar com a notícia. Tomamos
cuidado, porém, para evitar
qualquer tipo de glamorização
dos criminosos".
A Folha só divulga seqüestro em andamento se houver
consentimento da família do
seqüestrado. Segundo o "Manual da Redação", "em regra, a
Folha publica tudo o que sabe. Mas pode decidir omitir
informação cuja divulgação
coloque em risco a segurança
pública, de pessoa ou de empresa". No caso, ela publicou
no domingo o nome do repórter depois de obter o consentimento da mãe, mas omitiu o
do técnico, por não ter conseguido fazer contato com a família.
A Rede Globo tem outra
norma: "Todo seqüestro será
noticiado. Nenhum pedido de
sigilo será atendido". Mas é
proibido mencionar o valor do
resgate e informações sobre o
patrimônio.
As duas empresas têm a
mesma justificativa: a segurança dos seqüestrados. Uma
acha que, quanto mais divulgação, mais chance de garantir
a vida da vítima. A outra, que a
divulgação imprudente de
uma informação pode colocar
a vítima em risco.
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