São Paulo, domingo, 20 de agosto de 2006

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Normas editoriais

As coberturas do seqüestro dos dois funcionários da TV Globo mostraram como as empresas jornalísticas têm orientações diferentes em relação a alguns temas.
Há cerca de quatro anos os veículos das Organizações Globo não citam os nomes dos comandos do narcotráfico que agem no Rio, como CV ou ADA, por entenderem que assim evitam glamourizar e dar status às quadrilhas. A norma agora é aplicada ao PCC no noticiário de São Paulo.
A Folha entende, segundo a secretária de Redação Suzana Singer, que "omitir a sigla seria distorcer a realidade, brigar com a notícia. Tomamos cuidado, porém, para evitar qualquer tipo de glamorização dos criminosos".
A Folha só divulga seqüestro em andamento se houver consentimento da família do seqüestrado. Segundo o "Manual da Redação", "em regra, a Folha publica tudo o que sabe. Mas pode decidir omitir informação cuja divulgação coloque em risco a segurança pública, de pessoa ou de empresa". No caso, ela publicou no domingo o nome do repórter depois de obter o consentimento da mãe, mas omitiu o do técnico, por não ter conseguido fazer contato com a família.
A Rede Globo tem outra norma: "Todo seqüestro será noticiado. Nenhum pedido de sigilo será atendido". Mas é proibido mencionar o valor do resgate e informações sobre o patrimônio.
As duas empresas têm a mesma justificativa: a segurança dos seqüestrados. Uma acha que, quanto mais divulgação, mais chance de garantir a vida da vítima. A outra, que a divulgação imprudente de uma informação pode colocar a vítima em risco.


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