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Do cabelo azul aos piercings
É difícil interpretar opiniões, desejos, gostos, atitudes
de contingente tão grande e
diversificado de pessoas como
o dos leitores desta Folha.
Até o domingo, quando publiquei críticas à edição eletrônica deste jornal, só recebera mensagens contra ela.
Nesta semana, chegaram
várias outras, bastante favoráveis à versão que aparece na
internet. E só uma contrária.
Nenhum grupo é estatisticamente expressivo: cerca de
uma dúzia cada um. Ou seja: a
esmagadora maioria que não
se manifestou pode pensar de
um jeito ou de outro.
A conclusão: há pelo menos
dois tipos de leitores da edição
eletrônica. Um a acessa como
fonte primária; outro lê o jornal impresso e vai a ela para
"clipar" matérias ou lhes dar
alguma utilização na internet.
No primeiro, a tendência é
não gostar da atual versão eletrônica; no segundo, a oposta.
Entre os apoiadores, destaco o leitor, muito crítico, Darlan Zurc: "A versão na internet é bem caprichada, é visualizada na linguagem de todo
browser e é gostosa de ler".
Zurc intui outra diferença
entre essas duas turmas: a etária. Ao se referir ao leitor para
quem o pessoal da Folha vai
ter de pintar o cabelo de azul
de tão velho que está, disse:
"Aposto até que tal leitor tem
doze anos e meio, só veste
Prada e tem uns trinta e cinco
piercings no olho direito".
Um consenso: fazem falta
na versão eletrônica artes,
gráficos e fotos da impressa.
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Carlos Eduardo Lins da Silva é o ombudsman da Folha desde 22 de abril de 2008. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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