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A explicação da Folha
A Folha noticiou, na sua edição
São Paulo de quarta-feira, a existência de depósitos feitos por quatro empresas jornalísticas em
duas contas da DNA, uma das
empresas de publicidade de Marcos Valério que estão sendo investigadas pela CPI dos Correios.
Um dos depósitos era uma transferência eletrônica da Empresa
Folha da Manhã, que edita o jornal, no valor de R$ 223 mil. O texto "DNA recebeu de empresas de
comunicação" não explicava a razão do depósito e questionei o jornal na Crítica Interna daquele dia.
"Por que a Folha não detalhou
para os seus leitores a transação
comercial que a levou a depositar
R$ 223 mil na conta da DNA? O
texto (...) é genérico. (...) Perdeu
[o jornal] uma ótima oportunidade de se mostrar transparente e de
se exigir o mesmo tratamento que
está dispensando às outras empresas que tiveram transações comerciais com as agências de publicidade de Marcos Valério, como as telefônicas, instadas a se explicar (...)."
Na quinta-feira, o jornal publicou uma explicação detalhada e
convincente na reportagem "Órgãos de mídia explicam operações bancárias com a DNA reveladas na CPI". Segundo o jornal, a
DNA fez uma transferência eletrônica para a Folha no dia 21 de
novembro de 2003 para pagar a
compra de espaço publicitário.
Houve um problema na transferência e a devolução do depósito
para a conta da agência ficou registrada, equivocadamente, como
um crédito. O depósito da DNA
foi feito com sucesso no dia 23 e
pagou a publicação de três anúncios do Banco do Brasil. Ou seja,
não houve depósito da Folha na
conta da DNA.
No mesmo dia a Secretaria de
Redação informou ao ombudsman que não fôra possível publicar na quarta-feira uma explicação detalhada porque a informação do depósito chegara tarde da
noite de terça e não continha as
datas dos anúncios. Somente na
quarta foi possível localizar as informações, publicadas na quinta.
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