São Paulo, domingo, 31 de julho de 2005

Texto Anterior | Índice

A explicação da Folha

A Folha noticiou, na sua edição São Paulo de quarta-feira, a existência de depósitos feitos por quatro empresas jornalísticas em duas contas da DNA, uma das empresas de publicidade de Marcos Valério que estão sendo investigadas pela CPI dos Correios. Um dos depósitos era uma transferência eletrônica da Empresa Folha da Manhã, que edita o jornal, no valor de R$ 223 mil. O texto "DNA recebeu de empresas de comunicação" não explicava a razão do depósito e questionei o jornal na Crítica Interna daquele dia.
"Por que a Folha não detalhou para os seus leitores a transação comercial que a levou a depositar R$ 223 mil na conta da DNA? O texto (...) é genérico. (...) Perdeu [o jornal] uma ótima oportunidade de se mostrar transparente e de se exigir o mesmo tratamento que está dispensando às outras empresas que tiveram transações comerciais com as agências de publicidade de Marcos Valério, como as telefônicas, instadas a se explicar (...)."
Na quinta-feira, o jornal publicou uma explicação detalhada e convincente na reportagem "Órgãos de mídia explicam operações bancárias com a DNA reveladas na CPI". Segundo o jornal, a DNA fez uma transferência eletrônica para a Folha no dia 21 de novembro de 2003 para pagar a compra de espaço publicitário. Houve um problema na transferência e a devolução do depósito para a conta da agência ficou registrada, equivocadamente, como um crédito. O depósito da DNA foi feito com sucesso no dia 23 e pagou a publicação de três anúncios do Banco do Brasil. Ou seja, não houve depósito da Folha na conta da DNA.
No mesmo dia a Secretaria de Redação informou ao ombudsman que não fôra possível publicar na quarta-feira uma explicação detalhada porque a informação do depósito chegara tarde da noite de terça e não continha as datas dos anúncios. Somente na quarta foi possível localizar as informações, publicadas na quinta.


Texto Anterior: A crise que se propaga
Índice


Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
Cartas: al. Barão de Limeira 425, 8º andar, São Paulo, SP CEP 01202-900, a/c Marcelo Beraba/ombudsman, ou pelo fax (011) 3224-3895.
Endereço eletrônico: ombudsman@uol.com.br.
Contatos telefônicos: ligue (0800) 15-9000; se deixar recado na secretária eletrônica, informe telefone de contato no horário de atendimento, entre 14h e 18h, de segunda a sexta-feira.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.