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Sérgio Cabral

Palácio Guanabara, símbolo de um novo Rio

O palacete que agora reaparece em todo o seu esplendor está em sintonia com um Estado que, nos últimos cinco anos, também recuperou seu brilho

Devolver à população do Rio de Janeiro o Palácio Guanabara completamente restaurado é motivo de orgulho e alegria para o nosso governo. Foram dois anos de obras e R$ 19 milhões investidos, com recursos de empresas parceiras, nesta que foi a reforma mais complexa e minuciosa já feita na sede do governo do Estado.

Da renovação das instalações elétricas e hidráulicas ao restauro do mobiliário de época, passando pela recuperação dos jardins e das obras de arte, nada ficou de fora.

Um trabalho extraordinário, delicado, tão benfeito que descobriu preciosidades como o piso "pé de moleque", original dos anos 1860, que ganhou uma proteção de vidro e que agora pode ser apreciado em uma das salas. Construído em 1853 para ser uma residência particular, o imóvel foi comprado 11 anos depois pelo governo do Império para ser a casa da princesa Isabel e do conde d'Eu.

Ao longo dos anos, foi repartição militar, moradia oficial de presidentes da República, abrigou o gabinete do prefeito da cidade, e, a partir de 1960, tornou-se sede do governo do Estado do Rio de Janeiro.

Hoje, o conjunto formado pelo Palácio Guanabara e por seu prédio anexo -cuja reforma, concluída em 2010, marcou o fim de anos de descaso com os servidores que ali trabalhavam- ressurge como um símbolo de um Rio de Janeiro que também renasceu.

Um Rio em que a paz avança, com as Unidades de Polícia Pacificadora devolvendo o direito de ir e vir às pessoas de bem que viviam há décadas sob o domínio de criminosos.

As 18 UPPs já instaladas beneficiam mais de 1 milhão de pessoas, contando com os bairros vizinhos. Isso sem contar com as comunidades do Alemão, da Penha e da Rocinha, também retomadas.

Além das UPPs, a nossa polícia passou a trabalhar com metas semestrais de produtividade -com premiação em dinheiro-, que reduziram os principais índices criminais em todo o Estado. O número de homicídios, por exemplo, é o menor em 20 anos.

Esse Rio de Janeiro é o mesmo que, com as Unidades de Pronto Atendimento 24h, passou a oferecer aos seus cidadãos um novo padrão de atendimento na saúde pública. De 2007 para cá, as 48 UPAs em funcionamento no Estado já registraram mais de 10,5 milhões de atendimentos e distribuíram mais de 76 milhões de medicamentos. O índice de resolução de casos é de mais de 99%, desafogando as emergências dos hospitais.

O palacete histórico que reaparece agora em todo o esplendor da sua cor ocre original está em sintonia com um Estado que, nos últimos cinco anos, também recuperou o seu brilho, encontrou o caminho do desenvolvimento econômico e em 2010 recebeu o grau de investimento pela sua solidez fiscal; que sediará a Copa do Mundo de futebol e também os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul.

Esse novo palácio é espelho de um Rio de Janeiro que despolui seus rios e lagoas e amplia o saneamento básico para todos; que, com o PAC das Comunidades, está melhorando a vida de quem mora em comunidades carentes, com novas residências, escolas, bibliotecas e áreas de lazer; que, no ano passado, registrou US$ 18 bilhões em investimentos, quase o dobro do que obtiveram o segundo e o terceiro Estados somados; que tem a região metropolitana com a maior taxa de empregabilidade do Brasil -o índice de desemprego está abaixo dos 5%.

Nos quadros restaurados durante a reforma do Guanabara, há belas imagens do Rio antigo. Fora deles, a paisagem que temos diante de nós é a de um outro Rio de Janeiro: igualmente lindo, mas que cresce com sustentabilidade, cuida mais do seu povo e se torna um lugar ainda melhor para se viver.

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