São Paulo, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Juros
"Parabéns pela reportagem sobre os "spreads" bancários (Dinheiro, 1/2). Ninguém aguenta mais tanta exploração e ganância dos bancos brasileiros, que só disponibilizam empréstimos para quem não precisa. Eles travam a economia brasileira, mas financiam as campanhas eleitorais, por isso os governos deixam que eles ganhem o quanto querem. E, mesmo cobrando juros altíssimos, são as empresas que pior remuneram os seus empregados."
JOSÉ CARLOS A. PIRES (São Paulo, SP)

 

"Nada é mais importante no momento do que reduzir o "spread" bancário das taxas de juros. A redução da Selic é importante para sinalizar que a inflação segue dentro dos parâmetros, mas, para suprir o fluxo de caixa normal das empresas e aumentar as vendas via crediário, os juros reais têm de cair rapidamente. Só com esse estímulo poderoso a atividade comercial e industrial sairá do marasmo.
O governo deveria publicar um ranking dos bancos que oferecem juros menores, para estimular a competição bancária, e reduzir a cunha fiscal embutida nos juros, assim como cortar mais os depósitos compulsórios. Antes da crise isso era muito arriscado, porque aqueceria demais a demanda e tiraria a inflação de controle. Agora é uma necessidade imperiosa, se queremos ter algum crescimento baseado em nosso mercado interno."
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

Museu
"Gostaria de parabenizar a iniciativa do governo do Estado de São Paulo de transformar a Casa das Retortas em um museu dedicado à história de São Paulo. Era realmente de se perguntar a razão pela qual ainda não havia museu dedicado ao tema enquanto há farto material mal aproveitado e às moscas nos arquivos e bibliotecas do Estado. Que o digam a imensa quantidade de trabalhos sobre a história de São Paulo que aparecem anualmente, fruto de pesquisadores intrépidos e incansáveis na busca de suas fontes.
Faço votos que os curadores do novo museu, Roberto Pompeu de Toledo e Jorge Caldeira, consigam montar um acervo que atenda tanto ao grande público, sequioso de informações sobre São Paulo, quanto aos pesquisadores em busca de fontes para as suas produções."
JOSÉ ROGÉRIO BEIER (São Paulo, SP)

Gurgel
"A morte de um portador do mal de Alzheimer aos 83 anos pode até soar como um alívio ao sofrimento.
Mas o sr. João Amaral Gurgel não era apenas um idoso doente. Para todos os brasileiros que acreditam nos sonhos pelos quais lutam por toda uma vida, ele foi um dos símbolos mais dignos. Com o seu desaparecimento, 15 anos após o fim de seu sonho, a fábrica Gurgel Veículos, fica o triste exemplo do destino que parece reservado a muitos pequenos empreendedores num mundo dominado pelo rolo compressor dos grandes conglomerados econômicos e de interesses políticos indiferentes à possibilidade de desenvolvimento, em todos os ramos de atividade, de tecnologias independentes e 100% nacionais."
AFONSO MONTEIRO (São José dos Campos, SP)

Battisti
"Lastimável a frase do deputado italiano a respeito dos juristas brasileiros, transcrita na reportagem sobre a extradição de Cesare Battisti (Brasil, 31/1). Se o deputado não conhece o país, mas apenas algumas "dançarinas" daqui, não tem moral e nem competência para julgar nossos juristas. Nossa Justiça, apesar dos entraves e da sobrecarga, é extremamente competente e heroica, combatendo inúmeras injustiças com firmeza e seriedade."
ROBERTO DE CAMARGO ZANINI (São Paulo, SP)

Jockey Clube
"Perfeita a denúncia de Elio Gaspari sobre a desapropriação do Jockey Clube (Brasil, 1/2). O prefeito Gilberto Kassab e Clóvis Carvalho devem uma explicação muito boa aos munícipes desta cidade. A quem interessa a desapropriação, uma vez que é uma área de difícil acesso para pedestres e ciclistas?
Como pode a prefeitura desembolsar R$ 120 milhões para benefício de poucos, quando poderia investir em algo para benefício de muitos?"
LIBERATO MAURO BARISON (São Paulo, SP)

Copa no Brasil
"Brilhante a coluna de Janio de Freitas (Brasil, 1/2) sobre a "Copa da leviandade". É uma opinião com a qual concordo integralmente.
Não me conformo que o Brasil, com tantas carências -educação, segurança, saúde-, se dê ao luxo de patrocinar uma Copa para satisfazer as vaidades dos homens públicos do momento. Aliás, cabe a pergunta: o Brasil tem homens públicos no conceito definido no "Aurélio'? Se alguém conhecer um, me indique."
OSMAR CARLOS MEDAGLIA (São José dos Campos, SP)

Educação
"Parabéns a Emílio Odebrecht por "A educação na família" (Opinião, 1/2). Infelizmente alguns responsáveis por crianças e adolescentes não assumem suas responsabilidades na educação familiar e atribuem tudo à escola. Escola não é depósito, e aluno não é ativo fixo, logo não pode e não deve ser depreciado. A questão relatada é apenas uma das situações que enfrentamos nas escolas públicas, que levam os educadores a um profundo desgaste no exercício de sua profissão."
ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO DE OLIVEIRA (Taboão da Serra, SP)

Bolsa Família
"Em resposta a Rodrigo Borges ("Painel do Leitor", 31/1) que teve espaço para expressar sua ignorância econômica e sua insensibilidade social em relação ao Bolsa Família, digo que empregos existem onde há consumo, e consumo, onde há distribuição de renda, o que por sua vez garante uma sociedade mais justa e segura para todos. Neste país o eleitor é encabrestado desde que nasceu a República, e o que lhe foi ofertado não era peixe e nem o ofício de pescar, e sim um belo e cruel porrete, além da arte de apanhar sem reclamar. O Bolsa Família não é tudo, mas, aliado a outras políticas sociais, é digno. O que para ele é esmola, para mim é a socialização, não da crise, mas das oportunidades de construir uma vida melhor."
ARTUR SILVA (São Paulo, SP)

Relógios
"Foi com grande interesse que li o artigo de Contardo Calligaris "O luxo e o trabalho do artesão" (Ilustrada, 29/1). Uma das mais antigas e belas indústrias do mundo vem experimentando a renascença graças ao trabalho de seus artesãos. Nascida há quase três séculos, a relojoaria mecânica sobreviveu com muitas dificuldades, mas altivez, à popularização do relógio baseado na tecnologia do quartzo. Apesar de acessíveis -o que é positivo-, os relógios movidos a bateria carecem do charme, classe e beleza conferidos por obras de design apurado, movidas por dispositivos mecânicos fascinantes e de acabamento impecável. A posse de um relógio mecânico é um dos maiores símbolos de status e exemplo do tipo de produto que os novos ricos acumulam, conforme ressaltou Calligaris, "sem ter o tempo de acumular a cultura mínima para apreciá-los"."
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

Congresso
"A foto dos cartazes dos candidatos no Congresso (Brasil, 1/2) reflete exatamente o caráter dos nossos políticos: são os piores poluidores visuais do país, a ponto de o fazerem na sua própria casa."
SILVIO SANO (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: João Carlos Martins: A música continua

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.