São Paulo, segunda-feira, 02 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Sobel
"Se verdadeira e bem contextualizada a frase atribuída ao presidente da Comissão dos Direitos Humanos de SP a propósito do episódio envolvendo o rabino Henry Sobel ("O que me deixa aterrado é a polícia americana ter chegado a esse grau de boçalidade. Você, como delegado, tem de saber quem prende'), podemos ficar, no mínimo, perplexos. Por que a polícia dos EUA deveria saber quem estava prendendo se estava agindo no estrito cumprimento de seu dever e segundo as leis do seu país? Uma conclusão seria a de que, segundo certos direitos humanos, a lei teria uma pessoalidade de acordo com as qualidades e os atributos de quem está sendo acusado ou investigado. Cidadãos comuns não contam com esse serviço. E nem sempre vozes indignadas invocam os seus direitos humanos.
HAROLDO PEREIRA (São Paulo, SP)
 

"Quero parabenizar o historiador Jaime Pinsky ("O rabino Sobel e o Brasil", "Tendências/Debates" de ontem), pois conseguiu, com muita clareza e sabedoria, comentar o caso do referido rabino. Como cristã que sou, com formação católica, quero solidarizar-me com o rabino Sobel. Saibamos respeitá-lo neste momento tão doloroso, lembrando sempre de sua luta pela paz e pela harmonia entre os diferentes credos. Torço pela sua recuperação."
MARIA OLIMPIA S. RANGEL (Curitiba, PR)
 

"O rabino Henry Sobel é merecedor de nosso respeito e de nosso apoio. Homem de coragem, que no passado enfrentou o triste período de arbitrariedade que se abateu sobre nosso pais, novamente demonstra essa coragem ao admitir seus problemas de saúde. A Henry Sobel, orgulho para sua comunidade e para nós, brasileiros, nossa solidariedade, nossa compreensão e nosso carinho."
MAURO CARDOSO (Uberaba, MG)
 

"Acho muito prematuro e sádico fazer um julgamento sobre a atitude de Henry Sobel. O rabino tem uma longa história de defesa dos direitos humanos: falou contra a ditadura no episódio do assassinato de Wladimir Herzog, quando a maioria estava calada; sempre pregou a paz entre as pessoas, independentemente do seu credo ou raça; é um líder ecumênico que sempre atende a imprensa para uma palavra de paz e que nunca se calou diante das injustiças na sociedade. Certamente, o rabino cometeu um erro grave, mas ele tem o direito de esclarecer este evento para a sociedade e merece o benefício da dúvida por sua longa história. Não o condenemos antes de entender o que de fato ocorreu.
ANDRÉ GORDON (São Paulo, SP)

O pior do Brasil
"Se Getúlio Vargas foi eleito o melhor brasileiro de todos os tempos (Brasil, 1º/4), o que dizer de um presidente que se tornou amigo de políticos contra quem "lutava" -como Sarney, Collor e cia.- e cujos amigos são mensaleiros e sanguessugas? Certamente ele não pode participar dessa lista, pois o legado que deixará ao Brasil é o pior possível."
LUÍS FERNANDO P. SANTOS (São Paulo, SP)

ZPEs
"O senador José Sarney, quando presidente da República, emitiu um decreto-lei criando as Zonas de Processamento de Exportação, que seriam encraves estrangeiros em território brasileiro, totalmente isentos de impostos, destinados à manufatura de exportações. Depois de quase 20 anos, essas ZPEs, símbolos da macaquice econômica brasileira, não deram certo -nenhuma conseguiu funcionar. Por isso, o senador agora ("Hora de crescer: ZPE", Opinião, 30/3) defende um projeto para revigorar suas zonas: proibir que a Receita Federal faça o controle das importações de insumos, dando um impulso espetacular ao contrabando; permitir que sejam feitas vendas no mercado interno e levantar a proibição de que as ZPEs operem com subvenções do Tesouro. Mais ainda, agravando desequilíbrios regionais (as ZPEs poderão estar em qualquer parte) e confrontando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou seja, como se diria no jargão dos economistas, o projeto que Sarney defende consolidaria definitivamente no Brasil a "Bagunça Economics"."
JUTAHY JÚNIOR , deputado federal -PSDB-BA (Brasília, DF)

Racismo
"Não é de estranhar que a frase da ministra Matilde Ribeiro (de que aqueles que foram açoitados a vida toda não teriam obrigação de gostar de seus algozes) tenha gerado tanta inquietação. Mas em nenhum momento ela disse concordar com tal atitude -que é deplorável. O que a ministra fez foi recorrer a um fato lamentável da nossa história para explicar uma manifestação presente. No meu entender, a ministra chama a atenção para fatos que, embora muitos tentem, não podem ser esquecidos."
LUIS CLAUDIO DE JESUS RISCADO , professor de história da África (São João de Meriti, RJ)

Festa em Brasília
"Sobre o texto "Mulheres mais ricas da corte desfilam chanéis em butique" (Cotidiano, 25/3), ficou evidente a disposição do jornalista em denegrir a imagem da cidade, do local e das pessoas citadas na reportagem ao criar situações fantasiosas e diálogos inexistentes. O cenário de "excentricidade (?)" sugerido nunca existiu. As "peças utilizadas" pelas convidadas eram apenas confirmadas por elas quando abordadas pelo jornalista sobre as grifes, e não aleatoriamente, como ele faz parecer. A empresária Cleuza Ferreira nunca esteve com uma "flûte de champanhe" na mão -ela não consome bebida alcoólica. E também não produziu frases e travou diálogos descritos pelo senhor Paulo Sampaio ("Eles são milionários e vêm aqui só para me dar um abraço'). O correto seria: "A nossa clientela não é formada por políticos. Este casal é um exemplo de clientes de nossa loja. Os dois são empresários bem-sucedidos". A frase "Tufiii! Me carrega no colo!" não foi dita pela empresária. O diálogo entre Marianne Vicenthini e Cleuza não existiu. A expressão "peruas gêmeas" é fruto do jornalista, e não poderia ser sugerida como atribuída a Lia Socha. O jornalista só acertou em uma única observação: a de que a empresária gosta de "reforçar sua imagem de mulher de fibra". É preciso ser forte, principalmente diante de uma reportagem tão inexplicavelmente repleta de observações fantasiosas como a produzida pelo senhor Paulo Sampaio."
ELIANE ROCHA , assessoria de imprensa da butique Magrella (Brasília, DF)

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