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Sobel
"Se verdadeira e bem contextualizada a frase atribuída ao presidente da Comissão dos Direitos Humanos de SP a propósito do episódio
envolvendo o rabino Henry Sobel
("O que me deixa aterrado é a polícia
americana ter chegado a esse grau
de boçalidade. Você, como delegado, tem de saber quem prende'), podemos ficar, no mínimo, perplexos.
Por que a polícia dos EUA deveria
saber quem estava prendendo se
estava agindo no estrito cumprimento de seu dever e segundo as
leis do seu país?
Uma conclusão seria a de que, segundo certos direitos humanos, a
lei teria uma pessoalidade de acordo com as qualidades e os atributos
de quem está sendo acusado ou investigado.
Cidadãos comuns não contam
com esse serviço. E nem sempre vozes indignadas invocam os seus direitos humanos.
HAROLDO PEREIRA (São Paulo, SP)
"Quero parabenizar o historiador
Jaime Pinsky ("O rabino Sobel e o
Brasil", "Tendências/Debates" de
ontem), pois conseguiu, com muita
clareza e sabedoria, comentar o caso do referido rabino.
Como cristã que sou, com formação católica, quero solidarizar-me
com o rabino Sobel. Saibamos respeitá-lo neste momento tão doloroso, lembrando sempre de sua luta
pela paz e pela harmonia entre os
diferentes credos.
Torço pela sua recuperação."
MARIA OLIMPIA S. RANGEL (Curitiba, PR)
"O rabino Henry Sobel é merecedor de nosso respeito e de nosso
apoio. Homem de coragem, que no
passado enfrentou o triste período
de arbitrariedade que se abateu sobre nosso pais, novamente demonstra essa coragem ao admitir
seus problemas de saúde.
A Henry Sobel, orgulho para sua
comunidade e para nós, brasileiros,
nossa solidariedade, nossa compreensão e nosso carinho."
MAURO CARDOSO (Uberaba, MG)
"Acho muito prematuro e sádico
fazer um julgamento sobre a atitude de Henry Sobel. O rabino tem
uma longa história de defesa dos direitos humanos: falou contra a ditadura no episódio do assassinato de
Wladimir Herzog, quando a maioria estava calada; sempre pregou a
paz entre as pessoas, independentemente do seu credo ou raça; é um
líder ecumênico que sempre atende
a imprensa para uma palavra de paz
e que nunca se calou diante das injustiças na sociedade.
Certamente, o rabino cometeu
um erro grave, mas ele tem o direito
de esclarecer este evento para a sociedade e merece o benefício da dúvida por sua longa história.
Não o condenemos antes de entender o que de fato ocorreu.
ANDRÉ GORDON (São Paulo, SP)
O pior do Brasil
"Se Getúlio Vargas foi eleito o
melhor brasileiro de todos os tempos (Brasil, 1º/4), o que dizer de
um presidente que se tornou amigo
de políticos contra quem "lutava"
-como Sarney, Collor e cia.- e cujos amigos são mensaleiros e sanguessugas?
Certamente ele não pode participar dessa lista, pois o legado que
deixará ao Brasil é o pior possível."
LUÍS FERNANDO P. SANTOS (São Paulo, SP)
ZPEs
"O senador José Sarney, quando
presidente da República, emitiu um
decreto-lei criando as Zonas de
Processamento de Exportação, que
seriam encraves estrangeiros em
território brasileiro, totalmente
isentos de impostos, destinados à
manufatura de exportações.
Depois de quase 20 anos, essas
ZPEs, símbolos da macaquice econômica brasileira, não deram certo
-nenhuma conseguiu funcionar.
Por isso, o senador agora ("Hora
de crescer: ZPE", Opinião, 30/3)
defende um projeto para revigorar
suas zonas: proibir que a Receita
Federal faça o controle das importações de insumos, dando um impulso espetacular ao contrabando;
permitir que sejam feitas vendas no
mercado interno e levantar a proibição de que as ZPEs operem com
subvenções do Tesouro. Mais ainda, agravando desequilíbrios regionais (as ZPEs poderão estar em
qualquer parte) e confrontando a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ou seja, como se diria no jargão
dos economistas, o projeto que Sarney defende consolidaria definitivamente no Brasil a "Bagunça Economics"."
JUTAHY JÚNIOR , deputado federal -PSDB-BA
(Brasília, DF)
Racismo
"Não é de estranhar que a frase da
ministra Matilde Ribeiro (de que
aqueles que foram açoitados a vida
toda não teriam obrigação de gostar
de seus algozes) tenha gerado tanta
inquietação. Mas em nenhum momento ela disse concordar com tal
atitude -que é deplorável.
O que a ministra fez foi recorrer a
um fato lamentável da nossa história para explicar uma manifestação
presente. No meu entender, a ministra chama a atenção para fatos que, embora muitos tentem, não podem ser esquecidos."
LUIS CLAUDIO DE JESUS RISCADO , professor de história da África (São João de Meriti, RJ)
Festa em Brasília
"Sobre o texto "Mulheres mais ricas da corte desfilam chanéis em
butique" (Cotidiano, 25/3), ficou
evidente a disposição do jornalista
em denegrir a imagem da cidade,
do local e das pessoas citadas na reportagem ao criar situações fantasiosas e diálogos inexistentes.
O cenário de "excentricidade (?)"
sugerido nunca existiu. As "peças
utilizadas" pelas convidadas eram
apenas confirmadas por elas quando abordadas pelo jornalista sobre
as grifes, e não aleatoriamente, como ele faz parecer.
A empresária Cleuza Ferreira
nunca esteve com uma "flûte de
champanhe" na mão -ela não consome bebida alcoólica. E também
não produziu frases e travou diálogos descritos pelo senhor Paulo
Sampaio ("Eles são milionários e
vêm aqui só para me dar um abraço'). O correto seria: "A nossa clientela não é formada por políticos.
Este casal é um exemplo de clientes
de nossa loja. Os dois são empresários bem-sucedidos".
A frase "Tufiii! Me carrega no colo!" não foi dita pela empresária.
O diálogo entre Marianne Vicenthini e Cleuza não existiu.
A expressão "peruas gêmeas" é
fruto do jornalista, e não poderia
ser sugerida como atribuída a Lia
Socha.
O jornalista só acertou em uma
única observação: a de que a empresária gosta de "reforçar sua imagem de mulher de fibra". É preciso
ser forte, principalmente diante de
uma reportagem tão inexplicavelmente repleta de observações fantasiosas como a produzida pelo senhor Paulo Sampaio."
ELIANE ROCHA , assessoria de imprensa da butique
Magrella (Brasília, DF)
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