"O editorial "Tribunais da raça" (Opinião, 27/4) foi direto ao ponto. Abordou com precisão as sequelas da estranha política de tentar implantar no Brasil um problema que não temos: o racismo.
Perplexos, vemos renomadas instituições de ensino começarem a produzir os odiosos tribunais raciais a título de servir a uma pretensa ação afirmativa. O que se pretende com a implantação do racismo?
Será que seus mentores vislumbram ganhos político-eleitorais com a formação de currais eleitorais raciais, não se importando o preço a ser pago com a discriminação e a violência resultantes? Definitiva foi a frase de João Ubaldo Ribeiro: "Quem tem raça é cachorro"."
HARLEY PAIVA MARTINS (João Pessoa, PB)

Irã
"Discordo da opinião de Cecília Moricochi Morato ("Painel do Leitor", ontem), contrária à visita do chefe de Estado do Irã ao Brasil.
Deveria, então, o governo brasileiro deixar de convidar o chefe de Estado de Israel baseado no fato de este negar a existência do massacre de Gaza (e outros mais) e de ter como ministro das Relações Exteriores quem prega o não reconhecimento do Estado palestino?
O governo brasileiro está correto em preservar os nossos interesses econômicos, condenando atos de intolerância e de paranoia e apoiando os esforços diplomáticos pela paz justa no Oriente Médio."
JOSÉ LINO OLIVEIRA BUENO (Ribeirão Preto, SP)

Woolf em Londres
"O caderno Turismo desta semana merece ser guardado. A reportagem sobre passeios inspirados em Virginia Woolf é inspiradora como a autora, e com certeza vou acompanhar os trajetos quando finalmente puder visitar Londres, plano antigo. Parabéns pelo caderno refinado e informativo."
NOEMIA ABUD (São Paulo, SP)

Senado
"Meus filhos Supla e João Suplicy observaram que muitas pessoas não sabem o que é o Senado e o que faz um senador. Resolveram fazer uma reportagem sobre o tema para o seu programa "Brothers", que vai ao ar sábado, às 19h. Com as passagens pagas pela Rede TV, a equipe do programa foi muito bem recebida pelos senadores na quinta-feira.
Entrevistaram senadores e gravaram cenas do plenário e do interessante debate entre os senadores e o ministro Celso Amorim sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul. A publicação da foto, com legenda correta, junto à reportagem sobre o repasse de bilhetes aéreos (Brasil, pág. A6, ontem) pode ter induzido leitores à uma interpretação incorreta. Eis a razão deste esclarecimento."
EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, senador -PT-SP (Brasília, DF)

Contratos
"Em relação aos textos "Promotoria apura contratos com advogados" e "Órgãos públicos e escritórios defendem legalidade nas contratações sem licitação" (Cotidiano, 30/4), a assessoria de imprensa da Procuradoria Geral do Estado esclarece que, ao ser consultada pelo repórter André Camarante sobre a possibilidade de o procurador-geral do Estado conceder entrevista a respeito desse assunto, solicitou que fossem especificados e indicados quais eram os contratos que estavam sendo questionados pelo Ministério Público Estadual, uma vez que a análise jurídica dessas contratações não pode se dar apenas "em tese", exigindo a avaliação das peculiaridades e especificidades de seus respectivos objetos.
Portanto, é incorreta a afirmativa segundo a qual a assessoria de imprensa da PGE não teria se manifestado, como constou do texto "Órgãos públicos e escritórios defendem legalidade nas contratações sem licitação".
A PGE tem por função constitucional prestar assessoria e consultoria jurídica e representar judicialmente o Estado e suas autarquias. Portanto, não compete à PGE representar em juízo ou prestar assessoria e consultoria jurídica às empresas públicas referidas no texto "Promotoria apura contratos com advogados"."
SYLVIO MONTENEGRO, assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista André Caramante - Em nenhum dos contatos feitos entre a reportagem e a assessoria da PGE, alguns deles por e-mail, foi solicitada a lista dos processos abordados na reportagem. A assessoria informou que não tinha como localizar o procurador-geral, Marcos Nusdeo, "porque ele estava em viagem".

Pacaembu
"Frase minha publicada na reportagem "Câmara abre debate sobre Pacaembu" (Esporte, 29/4) foi publicada fora do contexto. A cidade deve discutir, de maneira ampla, transparente e democrática, o futuro do estádio. Hoje, o município financia a manutenção do Pacaembu como palco de uma atividade empresarial e lucrativa -o futebol profissional.
A cidade, na verdade, paga para o Corinthians (eventualmente o Santos) usar o Pacaembu. O Corinthians quer a concessão do Pacaembu e vai apresentar um projeto à cidade nos próximos dias. Quem decidirá sobre a concessão é a população, por meio do Legislativo municipal."
WALTER FELDMAN, secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Pessoa com deficiência
"A senhora Adriana de Moraes ("Painel do Leitor", 29/4) tem razão quando diz, sobre pesquisas com células-tronco, que "não devemos colocar todos os pesquisadores no mesmo saco". Destaco que em nenhum momento refiro-me aos pesquisadores como "vendedores de ilusões e de esperanças".
Na entrevista à Folha (Cotidiano, 27/4), referi-me à forma como a população recebe informações, por alguns meios de comunicação, acerca de um tema complexo, de forma superficial e informal.
Sobre barreiras arquitetônicas em escolas públicas, podemos assegurar que até o final de 2010, em cerca de 80% das escolas do Estado, as barreiras arquitetônicas serão todas removidas."
LINAMARA RIZZO BATTISTELLA, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (São Paulo, SP)

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