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Editoriais
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Futebol civilizado
São elogiáveis as medidas sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aperfeiçoam
o Estatuto do Torcedor. Passam a
ser consideradas crime, que poderá ser punido com prisão e multa,
práticas como a manipulação de
resultados de jogos, a venda de ingressos por cambistas e a violência promovida por torcedores.
As novas regras já estão em vigor e é de esperar que o tempo necessário a adaptações não se alongue a ponto de termos mais uma
boa lei que não irá "pegar" -como aconteceu, aliás, com alguns
itens do próprio Estatuto, gestado
no último mandato do governo
Fernando Henrique Cardoso.
A reforma do diploma legal supre uma carência da legislação,
que não descia a aspectos característicos dos espetáculos esportivos. Em relação às torcidas organizadas, por exemplo, se policiais
detivessem um ônibus com torcedores e encontrassem uma bomba
caseira, o artefato seria recolhido,
mas o grupo estaria livre para entrar no estádio. Com as novas normas, o ingresso será vetado.
A proposta levou em conta a experiência internacional, que demonstrou a necessidade de normas específicas para identificar e
punir frequentadores envolvidos
em atos de violência.
Sabe-se que as partidas de futebol no Brasil ainda são eventos organizados de maneira precária,
em desrespeito aos direitos básicos do consumidor e em contradição com os interesses econômicos
dos próprios clubes, entidades esportivas e jogadores.
Os riscos de conflitos e a falta de
condições adequadas na maior
parte dos estádios afastam o público, brutalizam o esporte e diminuem as receitas que poderiam
ser obtidas na bilheteria.
É preciso que a legislação seja
rigorosamente aplicada -e o
quanto antes- para que seus efeitos já estejam integrados ao cotidiano do esporte na Copa de 2014.
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