São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Células-tronco
Nada mais correto do que a importância mundialmente atribuída às descobertas com as células-tronco para tratamento de paralisias. Apesar das desconfianças e restrições iniciais sobre seu emprego, a continuidade das pesquisas é fundamental para o progresso da ciência médica. Urge apenas que cientistas de todas as áreas, inclusive os do setores da ética, se unam para que o uso de tal tecnologia venha em benefício de toda a humanidade, que pensamento nenhum religioso pode ser contra.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado e historiador (Rio de Janeiro, RJ)

Prostituição infantil
Em meio ao lamaçal que é a Justiça brasileira, pelo menos uma decisão inédita, na Paraíba: "Justiça condena 11 a pagar Estado por sexo com menores" (Cotidiano, 31/7). Provavelmente essa será a saída para frear a prostituição infantil que está escancarada no país inteiro e quase ninguém toma as providências. Parabéns à Justiça daquele Estado.
ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

Audiência
É de grande valor o artigo "Lições para não esquecer" (Opinião, 1º/8), de Emílio Odebrecht. Quando nosso noticiário e as grades da TV são inundadas com reportagens de casos policiais, o fundamental propósito de informar e esclarecer a população perde-se na ansiedade de buscar a tão desejada audiência.
ALEXANDRE ZAKIR, apresentador do programa "Operação de Risco", da RedeTV, e corregedor da Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)

Matemática
Muito oportuna a reportagem com o brilhante matemático Artur Ávila (Ciência, 1º/8). Completo que haverá 33 pesquisadores brasileiros que estarão em Hyderabad (Índia) na conferência internacional de matemática (www.icm2010.org.in), e dois outros que foram convidados a palestrar, -Fernando Coda Marques, também do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e Maria Salett Biembengut, da Universidade Regional de Blumenau (SC). A presença de brasileiros convidados neste encontro internacional começou com o saudoso Leopoldo Nachbin (1922-1993), em 1962, que foi o primeiro. Daqui há duas semana teremos três. Isso sim é uma boa notícia.
NELSON HEIN, coordenador do curso de matemática da Universidade Regional de Blumenau (Blumenau, SC)

Medicina bizarra
Dentro da sucessão de acertos e erros na história da medicina, uma não foi motivo de reflexão do articulista Hélio Schwartsman (Saúde, 1º/8). O que vivemos atualmente não são erros inocentes de médicos e pesquisadores, mas uma crise de caráter das indústrias farmacêuticas que querem manter seus investidores sempre sorridentes. Nesse jogo, as vítimas são os pacientes. O debate passa pelo lançamento de medicamentos com efeitos colaterais não devidamente avaliado em estudos ou, talvez, com o devido conhecimento das empresas, mas omitidos. Assim ocorreu diversas vezes, sendo o exemplo mais recente o do Avandia, um medicamento para tratar o diabetes. Antes, dizia-se que o erro do médico era enterrado com o paciente. Hoje, muitos morrem sem saber que contribuíram na valorização das ações de uma empresa ou rechearam o bolso de profissionais "facilitadores".
CARLOS ALBERTO PESSOA ROSA, médico e membro da Sociedade Brasileira de Bioética (Atibaia, SP)

Lei antifumo
Se foi possível combater o tabaco ("Após um ano, noite paulistana se adapta e aprova lei antifumo", Cotidiano, 1º/8), não há de ser impossível enfrentar o barulho na cidade. Que tal as nossas autoridades se darem conta de que os baladeiros que transformam seus carros em trios elétricos em plena madrugada cometem um ato antissocial que deve ser objeto de legislação, fiscalização e punição rigorosa? Não se está falando de casos isolados de arruaça, como bem sabe qualquer morador da Vila Madalena. Não é possível que não seja sagrado o direito do cidadão a uma boa noite de sono.
ANTONIO CARLOS OLIVIERI (São Paulo, SP)

Festa literária
Considero estreita a visão do escritor Marcelino Freire, em entrevista ao jornal ("Flip vai à academia", Ilustrada, 31/7), ao reivindicar lugar na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) apenas para seus pares e afinidades. "Narciso acha feio o que não é espelho."
E literatura não é apenas ficção. "Os Sertões" não me desmentem.
GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)

Futebol
Enquanto os torcedores do São Paulo protestavam contra o mau rendimento do time, no Rio de Janeiro Washington brilhava no retorno ao Fluminense.
Em minha opinião, isso retrata a política equivocada do tricolor paulista, que, em vez de definir um time base com seus titulares, força a competição desorganizada entre os jogadores, fazendo todos disputarem o lugar de todos, numa gincana que só atrapalha o rendimento da equipe. Que o protesto dos torcedores e o tapa de luva de Washington acordem a diretoria do São Paulo Futebol Clube.
JOEL GERALDO COIMBRA (Maringá, PR)

Democracia
Lendo a reportagem "Político sem teto" (Poder, 31/7) achei argumentos para a óbvia conclusão de que a democracia seria mais eficaz quando tivéssemos nos governos, congressos e câmaras, representantes dos sem-tetos, trabalhadores rurais, índios, prostituídas, homossexuais... Desde que fossem pessoas idôneas. Normalmente quem ocupa esses cargos vêm da mais alta classe social e têm idoneidade duvidosa. Que democracia é essa?
MÁRCIO ALEXANDRE DA SILVA (Assis, SP)

Lei das palmadas
Acho que o foco no caso da lei da palmada está errado. As pessoas ficam discutindo se são contra ou a favor, mas para mim o que está em jogo aqui é até onde o governo deve legislar sobre nossas vidas privadas.
Precisamos acabar com esta mania besta brasileira de aceitar e até querer que o governo nos diga o que, quando, como e onde fazer ou não fazer.
ALDO FELÍCIO NALETTO JUNIOR (São Paulo, SP)

 

A maioria dos animais não molesta fisicamente seus filhotes. Portanto é de causar estranheza que nós, animais racionais, fiquemos discutindo se crianças devem ou não apanhar.
É a filosofia do "um tapinha não dói" imperando na sociedade brasileira. E ela é seguida de um sadomasoquismo gritante, que se materializa em pessoas dizendo que agradecem as palmadas, os pontapés, os beliscões e as cintadas que levaram na infância. É cômico e trágico. Pelo menos caiu por terra a tese de que só mulher de malandro é que gosta de apanhar.
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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