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VOTO TRANQUILO
É notável a evolução conquistada pela Justiça Eleitoral no
que tange à organização das votações no Brasil. O que se viu no evento
de ontem foi uma organização que,
ao garantir um fluxo tranquilo de votantes nos colégios eleitorais e ao reduzir tempo e possibilidade de manipulação na apuração dos votos,
contribuiu decisivamente para fixar
um padrão de qualidade nesse que é
um importante setor da institucionalidade democrática brasileira.
Houve problemas com o funcionamento de algumas urnas eletrônicas,
como na cidade de Ribeirão Pires, na
região do ABC paulista, onde mais
de 40% dos aparelhos apresentou
problemas, o que causou transtornos. Mas, numa perspectiva nacional, ocorrências como essas, localizadas, não prejudicaram o balanço
final, que foi altamente positivo.
E a explicação fundamental para a
obtenção desse resultado é, sem dúvida, a aposta correta na informatização de todas as etapas que envolvem
um pleito -voto, apuração, divulgação oficial dos resultados etc. Pela
primeira vez, a todas as seções eleitorais brasileiras foram enviadas urnas
eletrônicas. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral estima que o
trabalho de apuração dos votos do
primeiro turno das eleições nos mais
de 5.500 municípios brasileiros será
concluído até as 12 h de hoje.
Se forem levados em conta fatores
como número de eleitores, de municípios e extensão territorial, o Brasil,
com seus quase 110 milhões de cidadãos habilitados ao voto, é uma das
maiores democracias do planeta. E
foi basicamente uma tecnologia desenvolvida no Brasil, a da urna eletrônica, que logrou integrar esse imenso colégio de eleitores num padrão
de rapidez e segurança.
Tranquilidade e organização nos
pleitos são requisitos técnicos fundamentais para o enraizamento democrático. Tudo o que se espera é que o
conteúdo do voto siga essa tendência, para que se possa melhorar progressivamente a qualidade dos representantes eleitos.
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