São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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TENDÊNCIAS/DEBATES

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Um olhar sobre o futuro do Rio

EDUARDO PAES


No Réveillon de 2012, o Rio de Janeiro olhará para o futuro menos angustiado com o presente. Essa é a nossa missão

O RÉVEILLON é, junto com o Carnaval, a principal festa do Rio de Janeiro. Representa uma época em que cariocas e visitantes celebram a vida e renovam suas esperanças por um futuro melhor.
Neste ano, esta festa terá um novo ingrediente: a expectativa sobre o governo eleito no último domingo, o qual terei a honra de liderar.
O olhar é para o futuro, mas os desafios são muitos já no presente. O carioca, especialmente aquele que vive nas áreas mais carentes da cidade, sofre com um atendimento desumano na saúde, com o domínio de grupos armados, que atuam à revelia do Estado de Direito, e com uma escola pública incapaz de libertar seus filhos da pobreza.
É preciso ter pressa para resolver esses problemas, e o meu governo será marcado por esse ritmo, por esse senso de urgência. Vamos acordar cedo e dormir tarde todos os 1.461 dias do nosso mandato. O objetivo será um só: melhorar a qualidade de vida de nossa população e resgatar a importância política, cultural e econômica de nossa cidade.
Mas trabalhar muito não será suficiente. Além disso, é preciso ter clareza sobre as causas dos problemas que enfrentamos e, principalmente, sobre o lugar aonde queremos chegar.
E que lugar seria esse? Como uma vez disse Martin Luther King, para perguntas complexas, as melhores respostas são sempre as mais simples.
É esse o caso também aqui. Queremos tornar o Rio uma cidade mais humana, mais segura, mais justa e mais eficiente -para seus moradores e seus visitantes.
É essa a visão que dará o tom do novo ciclo de desenvolvimento que vamos inaugurar a partir de janeiro do próximo ano.
Para alcançá-la, é preciso que o cotidiano das pessoas volte a ser tratado como prioridade de governo. É preciso assegurar uma gestão profissional de toda a máquina pública. E, finalmente, é preciso estabelecer uma perfeita harmonia entre as políticas públicas dos diversos níveis de governo da República.
Não acredito em governos que funcionam como simples agências reguladoras da sociedade, livres do papel de protagonistas de suas transformações. Nesse sentido, atuaremos como principal parceiro da população mais carente em sua busca por progressão social. Além disso, trabalharemos incansavelmente para que os serviços públicos prestados pela prefeitura tenham o mesmo padrão de qualidade em todas as regiões da cidade.
Construí uma campanha baseada na apresentação de soluções para a cidade e na certeza de que o diálogo e a união devem ser os pilares de qualquer ação política que tenha o bem-estar da população como bandeira de luta.
Construiremos um governo que funcionará da mesma forma: voltado para a busca de soluções e alicerçado sobre um amplo arco de alianças políticas que têm o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral como principais avalistas.
Como bom carioca, eu tenho uma visão otimista do futuro. Eu acredito num futuro com um atendimento mais humano e eficiente na saúde.
Num futuro em que as crianças possam romper com a realidade da pobreza a partir de uma educação pública de qualidade. E, acima de tudo, num futuro que ofereça alternativas para que as famílias cariocas não tenham medo de perder seus filhos para o crime.
No Réveillon de 2012, o Rio olhará para o futuro menos angustiado com o presente. Essa é a nossa missão.
Podem ter certeza de que ela será cumprida.


EDUARDO PAES, 38, bacharel em direito, é o prefeito eleito do Rio de Janeiro pelo PMDB.


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