São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Assalto nos Jardins
"Caramba! Nem a absolvição de Renan provocou tanta indignação dos leitores da Folha quanto o desabafo justo e consciente de um cidadão que paga seus impostos em dia (e, convenhamos, isso é mais do que suficiente) acerca uma violência sofrida. Por que tanta grita? Por que os leitores do jornal se doeram tanto com esse artigo?
Só um lembrete: não é obrigação de Luciano Huck acabar com a violência e a desigualdade. Essa obrigação é dos governantes, que foram eleitos e recebem montanhas de impostos para isso. O resto é filosofia barata de botequim."
FERNANDA RAQUEL ALVES (Jundiaí, SP)

"A nossa elite (se é que merece ser assim chamada) é mesmo patética. Só mostra indignação com a situação do país quando tem o seu Rolex roubado.
Queria ver Luciano Huck escrevendo um texto tão indignado caso presenciasse uma chacina no Capão Redondo."
ZECA BALEIRO, músico (São Paulo, SP)

"Ao ler o discurso egocentrado de Luciano Huck, me perguntei: se ele desabafa dizendo que "isso não está certo", o que devem dizer os milhões de brasileiros anônimos que passam fome e não têm a menor idéia do que são políticas públicas, os que não têm luz nem saneamento básico em casa, os que vivem do salário mínimo, os que convivem desde criancinhas com os mais sórdidos tipos de violência e os que pegam quatro horas de condução por dia e são assaltados lá dentro? Isso só para citar alguns exemplos.
Fica a pergunta filosófica, tão profunda quanto o desabafo burguês que li: o que é certo?"
ANDREA SOUZA (São Paulo, SP)

"Em São Paulo, há dois milhões de pessoas vivendo em favelas, segundo dados da prefeitura. São cidadãos que, apesar de "abrirem mão" de uma moradia digna, de saúde, de educação e de transporte de qualidade, direitos mencionados na Constituição, não cansaram, não se indignaram nem peidaram, como tem feito a elite brasileira.
O apresentador Luciano Huck terá de abrir mão do seu Rolex, incompatível com um país de contrastes que chegou ao limite. Passar o dia pensando em "como deixar as pessoas mais felizes e em como tentar fazer este país mais bacana" não basta.
Se a elite brasileira não aceita abrir mão do que conquistou, o povo não consegue mais viver sem o que nunca teve."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

"Fico triste em constatar que nós, cidadãos brasileiros, sendo do "povo" ou da "elite" -atendendo à divisão imaginária que ainda resiste na mente de algumas pessoas- estamos aceitando a banalização do crime, das ruas à política.
O direito de ir e vir em segurança, assim como outros direitos básicos, devem ser assegurados a todos os cidadãos brasileiros, independentemente da classe social. Portanto vamos canalizar a nossa indignação a todas as esferas de governo, sejam elas federais, estaduais ou municipais, e olhar o apresentador Huck apenas como mais um cidadão brasileiro violentado nos seus direitos, sendo esta a questão central."
WILSON APARECIDO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Casa Civil
"Em relação à reportagem "Casa Civil paga R$ 4 mil a ex da Radiobrás" (Brasil, pág. A5), a Casa Civil da Presidência da República esclarece que a contratação do jornalista Eugênio Bucci como palestrante do ciclo de conferências "A Imprensa Discute a Imprensa" foi feita diretamente pela Imprensa Nacional, órgão ligado à estrutura da Casa Civil que possui autonomia administrativa e financeira, nos termos do decreto nº 7.316, de 11 de fevereiro de 1974."
ANA RIBEIRO, assessoria de imprensa da Casa Civil (Brasília, DF)

Cana
"Parabenizo a Folha pela publicação, ontem, do texto da professora Maria Aparecida de Moraes Silva ("Atrás das cortinas no teatro do etanol", "Tendências/Debates').
Como profissional que trabalha no município maior produtor de cana do Brasil (Morro Agudo), sei que a realidade social descrita pela professora (exploração e morte de cortadores de cana) realmente é o produto do modelo socioeconômico adotado.
Acrescento ainda, como conseqüências da monocultura da cana, a concentração de terras e de renda e os graves danos ao ambiente provocados pelas queimadas.
Essa é a sociedade que queremos?"
PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA ARANTES, promotor de Justiça (Ribeirão Preto, SP)

Drogas "Parabéns ao colunista Ruy Castro pela abordagem oportuna sobre a validade de legalizar drogas, entre elas a maconha ("Lobbies que venceram", 29/9). Afinal, as drogas são liberadas e legalizadas no Brasil desde muito tempo.
Vale lembrar que as bebidas alcoólicas e o tabaco são as drogas mais usadas e abusadas em nosso meio, são as que geram maior número de dependentes e os maiores prejuízos econômicos e sociais, além do grande impacto nas internações hospitalares e no incremento da violência e da criminalidade.
A legalização não impede o comércio ilícito nem garante o controle social necessário a uma maior harmonia na sociedade."
LUIZ ALBERTO CHAVES DE OLIVEIRA, presidente do Comuda -Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool (São Paulo, SP)

Didáticos
"Como educadora, sinto-me na obrigação de demonstrar meu repúdio ao uso de livros didáticos para alunos de qualquer nível educacional, mormente os das séries iniciais, para fins de "inculcação" ideológica e político-partidária, qualquer que seja sua orientação.
Isso é um desserviço à formação dos alunos e um desrespeito à sociedade democrática. Somente vi isso quando visitei uma escola na cidade de Minsk, na Bielorússia, no tempo da antiga União Soviética.
Conclamo os educadores brasileiros a se manifestarem sobre este absurdo que se pretende implantar na educação brasileira."
IGNEZ MARTINS TOLLINI (Brasília, DF)

Lula no ABC
"Diferentemente do informado em "No ABC, visita de Lula a universidade vira palanque para pré-candidatos do PT" (Brasil, 29/ 9), não integrei o grupo que subiu ao palco com o presidente Lula durante visita às obras da Universidade Federal do ABC, em Santo André.
Como integrante do Poder Executivo local, fui convidada ao palco, mas declinei do convite e limitei-me a cumprimentar o presidente na sala VIP."
IVETE GARCIA, vice-prefeita e secretária municipal de Orçamento e Planejamento Participativo (Santo André, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

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