São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Opinião
"Excepcional o editorial "Bons Companheiros" (2/5). Ele foi direto ao âmago da questão. Até quando alguns cidadãos continuarão a rir de nossa cara, fazendo-nos de fantoches, apropriando-se de nosso devido dinheiro, para utilizá-lo em atos indevidos? Que dirão um tal de Cid Gomes e sua trupe..."
GUILHERME T.C. MISSALI (São Paulo, SP)

Isabella
"O inquérito policial não apresentou o motivo pelo qual o pai e a madrasta de Isabella a teriam matado. Sabe-se em psicopatologia que, se um pai é maltratante, é quase certo que foi ele também vítima de maus-tratos. É provevelmente o caso da madrasta, que denunciou duas vezes seu pai por violência contra ela. Cito Michelle Rouyer, do livro "A Criança Violentada': "A existência de violências sofridas na infância por um dos pais, e a fortiori pelos dois pais, constitui um fator de risco importante de maus-tratos com relação à criança que vai nascer. Encontramos às vezes em três ou quatro gerações espancamentos graves: essa repetição pôde ser qualificada de pseudo-hereditariedade". Sem se dar conta, o adulto agressor alivia-se da violência sofrida, e do medo da morte daí decorrente, reproduzindo a cena, mas de modo a assistir num outro o sofrimento, a dor e a morte."
WILSON DE CAMPOS VIEIRA , psicanalista (São Paulo, SP)

 

"O sr. Mario Cesar Carvalho, em seu texto "Marketing da Morte" (Opinião, 3/5), cita a polícia britânica como exemplo de eficiência e discrição e critica a polícia de São Paulo no caso Isabella. Mas não foi essa mesma polícia britânica que, de maneira covarde e brutal, assassinou o brasileiro Jean Charles de Menezes? Além disso, já li nesta mesma Folha que, em certas regiões muito violentas de Londres, a polícia não entra, o que deve ser bem mais fácil do que subir um morro muito violento no Rio. Não é coerente que um formador de opinião se deixe levar pelo velho colonialismo mental, que, há séculos, traz tanto prejuízo à sociedade brasileira."
WASHINGTON RAMOS (Teresina, PI)

Rodrigo Maia
"Extremamente lúcido e oportuno o artigo do presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) ("Tendências/Debates", 2/5). O espetacular "boom" do mercado de capitais no Brasil nos últimos anos está revolucionando a maneira como as pessoas vivem. Trata-se de um esboço de um Brasil novo, mais estável, globalizado e competitivo. Tudo isso devido às políticas de controle fiscal e o combate à inflação do governo FHC, mantidas corretamente pelo presidente Lula. Foi como um passe de mágica: plantadas as sementes, assim que o tempo melhorou veio uma sensacional colheita. O vento da sorte fez com que a biruta Lula começasse a movimentar-se abruptamente com seus discursos populistas e pouco confiáveis, loteando a máquina pública com aliados políticos e postergando reformas essenciais para o desenvolvimento da nossa economia. A volta da inflação e a crise imobiliária americana fazem do futuro um mar de incertezas."
MURILO AUGUSTO DE MEDEIROS (Guará, DF)

 

"É surpreendente ler a opinião de um líder de oposição que externa tão categoricamente a inveja que tem de outro político, no caso o presidente da República. A opinião do deputado federal Rodrigo Maia é curiosa, pois, segundo ele, passados mais de cinco anos do governo anterior, ainda assim tudo que acontece de bom nesse país é um feito da parceria PSDB-PFL. Porém as mazelas do Brasil são, sem pestanejar, colocadas na conta do governo atual. É pura inveja."
MARCELO J. DE SOUZA (São Paulo, SP)

Ronaldo
"Parabenizo Barbara Gancia pelo artigo "Em defesa do Fenômeno" (Cotidiano, 2/5). Ela foi brilhante, escreveu aquilo que sinto, que gostaria de escrever. Ronaldo está triste, e há muito tempo, basta observar seu olhar. A imprensa ajuda a piorar a situação, já que, em geral, a mídia adora explorar o negativo e o mal. Há milhões de pessoas que praticam o bem, mas só conseguem sucesso se errarem. Ronaldo errou? Se errou, e daí, o que temos com a vida particular dele? Fico triste, porque ele está triste, e não posso dar-lhe colo afetivo, sobram apenas as palavras."
EDNA GONÇALVES DE OLIVEIRA COLEBRUSCO (São José do Rio Preto, SP)

Cerveja
A cultura da cerveja se estende por nosso imenso território nacional, virando uma verdadeira religião. Notamos que as propagandas das cervejarias estão cada vez mais agressivas, os donos dessas indústrias realmente são os verdadeiros mandatários do país, percebemos isso quando o governo teve que voltar atrás na medida de proibição de cerveja nas estradas federais.
Até onde temos que sucumbir à ditadura da cerveja, que chega até a discriminar quem não bebe? Os acidentes de trânsito aumentam, a dependência às drogas permissivas também, o orgulho de conseguir "tomar todas" horas a fio está cada vez mais evidente entre os consumidores, é "happy hour", "água-dura", "Zeca Hora", Carnaval, e tudo quanto é mais designativo, para aumentar ainda mais os motivos de consumo.
O vício está aí para acorrentar a humanidade e enfraquecer a alma. Todos os usuários fazem apologia do que ingerem. Além de essa alegria de fim de semana ser artificial, seu organismo sucumbirá diante de tanta "lavagem" e isso os anunciantes nunca mostrarão na televisão."
MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA (Salvador, BA)

Roma
"Depois de quinze longos anos sob varias administrações públicas de partidos de esquerda que mais praticavam filosofia que administração e que faziam de seus contribuintes/munícipes meros patrocinadores de um exaustivo e nada prático programa "politicamente correto" (o que por pouco não acabou de vez com o turismo local), o povo de Roma, sem medo de ser feliz, acaba de eleger Gianni Alemanno, cujo discurso de campanha o tempo todo jamais cedeu à tentação fácil de mentir sobre o que ele é, sobre o que pensa e ainda o que fará à frente de uma prefeitura como a da cidade de Roma. Roma, que infelizmente está infestada de travestis e mendigos, viciados e prostitutas, suja e cheirando mal, decadente mesmo, finalmente terá uma chance de renascer fora da poesia utópica que quase a faliu. Que sirva de inspiração aos paulistanos na próxima eleição."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Texto Anterior: Boaventura de Sousa Santos: Libertem a língua

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.