São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Ficha Limpa
Muitos leitores da Folha têm demonstrado indignação com as sucessivas liminares que vêm suspendendo a inelegibilidade de políticos condenados por órgãos colegiados do Judiciário. Foi o que fizeram os ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli, quanto ao senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e à deputada estadual Isaura Lemos (PDT-GO), respectivamente. Ou o que fez o ministro do TSE Hamilton Carvalhido com relação ao deputado Márcio Junqueira (DEM-RR).
Isso não autoriza que tais julgadores sejam demonizados ou tachados de antidemocráticos, pois tal possibilidade de suspensão dos efeitos da inelegibilidade está na própria lei 135/10. E, como destacam outros leitores e o colunista Claudio Weber Abramo ("O cérebro antes da lei", caderno Poder, 3/7), a lei e a forma de sua aplicação são importantes, mas não resolverão sozinhas o problema. É preciso que o eleitor esteja consciente de seu papel de julgador maior da democracia e, portanto, atento aos "fichas sujas".
EDVANILSON DE ARAÚJO LIMA (Petrolina, PE)

 

É muito triste constatar mais uma vez que certos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), como Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e José Dias Toffoli, são um grande obstáculo ao combate à corrupção no Brasil.
O povo brasileiro já deixou claro, com muita propriedade, que não deseja a eleição de políticos condenados por práticas ilícitas, porém ministros do Supremo insistem em negar à população esse direito elementar.
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)

Clichês
Em tempos de Copa do Mundo ouvimos clamores de críticos, os quais, respaldados por clichês atribuídos ao futebol -como "pão e circo" e "ópio do povo"-, gritam aos torcedores pedindo para que esses sejam cidadãos.
Nós, torcedores de futebol, somos cidadãos também. Mas de quatro em quatro anos temos o direito de pintar a cara, vestir verde e amarelo e abraçar a bandeira de uma nação que no dia a dia vira as costas para o cidadão. Sofremos com escândalos políticos, morremos nas filas dos hospitais, somos reféns da insegurança, do péssimo transporte público, da educação sucateada, com professores que jamais foram valorizados. Em meio a tantas frustrações, uma expectativa nossa é correspondida à altura: é quando falamos de futebol. Temos os melhores jogadores do mundo. Nenhuma potência nos supera em títulos mundiais.
Sendo assim me dou o direito de pintar a cara, vestir verde e amarelo e abraçar a bandeira do meu país. E me permito até não segurar as lágrimas quando nosso hino diz "verás que um filho teu não foge à luta", porque não deixo de ser cidadão para ser torcedor. Eu não fujo à luta. Nessa hora sinto que não estamos sozinhos e que podemos nos unir. Isso me dá ânimo para tentar criar um país melhor. Que seja respeitado o direito do cidadão de ser torcedor a cada quatro anos.
EVERALDO VILELA DOS SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Auditório
O título da reportagem "Minc incorpora Auditório Ibirapuera" (Ilustrada, 29/6) está incorreto, pois induz o leitor a concluir que o local passa a ser gerido pelo governo federal, quando na verdade trata-se de um modelo de gestão no qual o ministério passou a apoiar financeiramente o Instituto Auditório Ibirapuera, que gere o equipamento em convênio com a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo.
GIOVANNA LONGO, assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura (São Paulo, SP)

Doutores
A formação de doutores no Brasil, apesar do crescimento dos últimos anos, ainda é muito modesta em relação tanto a países desenvolvidos como em comparação com países em desenvolvimento, em todas as áreas.
O crescimento relativo das humanidades deve ser relacionado à demanda pela formação de quadros voltados à educação fundamental, média e superior no país. Essa qualificação é pré-condição para a elevação cultural e material da população, que demandará, por sua vez, mais engenheiros, cientistas da terra e estudiosos da saúde. Nos EUA, no Japão, na Coreia e na China, bons engenheiros e bons médicos foram o resultado de uma boa formação humanística, com altos níveis de alfabetização, leitura, domínio da escrita e da história. Einstein estudou em um Gymansium (Escola Média de Humanidades) não por acaso.
PEDRO PAULO A. FUNARI, professor titular de história da Unicamp (Campinas, SP)

Universidade
O artigo "Universidade, mecenato e mercado" (Opinião, 2/7) comete equívocos elementares de raciocínio no trato da questão da parceria empresa/universidade.
O ensino nas universidades públicas é regido por critérios rígidos, regulados por comissões que contam com representações de toda a comunidade. Porém os recursos oriundos do setor produtivo (público ou privado) se destinam ao financiamento das pesquisas. O que os autores do artigo não admitem é que empresas podem se interessar pelo seu trabalho e estimulá-lo a avançar além da publicação de um paper.
Será que até no desenvolvimento tecnológico teremos de ficar apenas observando o domínio das grandes universidades e institutos de pesquisa do exterior?
JOSÉ ROBERTO CARDOSO, diretor da Escola Politécnica da USP (São Paulo, SP)

Investimentos federais
Os investimentos governamentais, necessários e inadiáveis, demonstram a importância da democracia e das eleições livres para os povos, tese bem desenvolvida por Amartya Sen em "Desenvolvimento como liberdade". Os governos só atuam com efetividade em favor do povo nos momentos de reformulação dos seus mandatos. Só a democracia propicia esse instrumento.
AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

Metrô
O metrô de Xangai foi inaugurado em 1995 e já é o maior do mundo, com 420 km, superando os de Londres, Paris e Nova York.
A China está construindo 2.000 km de metrô em 25 cidades. Enquanto isso, somadas as duas maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio, nos últimos 40 anos só foram construídos 113 km de linhas de metrô, a um custo muito superior ao gasto pelos chineses. Por aí se vê porque a China é a China e o Brasil é o Brasil.
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Inspeção veicular
Sou a favor da inspeção veicular. Todavia a forma com que esta vem sendo feita na cidade de São Paulo é injusta, já que a maior parte dos veículos inspecionados é de fabricação relativamente nova e está dentro dos limites de emissão tolerados.
Quanto aos verdadeiros vilões da poluição no trânsito, que são os carros velhos e sem licença, estes continuam a circular livremente pelas ruas. Esses carros não se submeteram à inspeção e jamais o farão, pois muitos nem licenciamento têm. Por que a prefeitura não toma medidas para tirá-los das ruas? O ar da cidade e o trânsito agradeceriam.
PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)

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