|
Texto Anterior | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Ficha Limpa
Muitos leitores da Folha têm
demonstrado indignação com as
sucessivas liminares que vêm
suspendendo a inelegibilidade
de políticos condenados por órgãos colegiados do Judiciário.
Foi o que fizeram os ministros
do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli, quanto ao senador Heráclito
Fortes (DEM-PI) e à deputada estadual Isaura Lemos (PDT-GO),
respectivamente. Ou o que fez o
ministro do TSE Hamilton Carvalhido com relação ao deputado
Márcio Junqueira (DEM-RR).
Isso não autoriza que tais julgadores sejam demonizados ou
tachados de antidemocráticos,
pois tal possibilidade de suspensão dos efeitos da inelegibilidade
está na própria lei 135/10. E, como
destacam outros leitores e o colunista Claudio Weber Abramo ("O
cérebro antes da lei", caderno Poder, 3/7), a lei e a forma de sua
aplicação são importantes, mas
não resolverão sozinhas o problema. É preciso que o eleitor esteja
consciente de seu papel de julgador maior da democracia e, portanto, atento aos "fichas sujas".
EDVANILSON DE ARAÚJO LIMA (Petrolina, PE)
É muito triste constatar mais
uma vez que certos ministros do
STF (Supremo Tribunal Federal),
como Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e José Dias Toffoli,
são um grande obstáculo ao
combate à corrupção no Brasil.
O povo brasileiro já deixou
claro, com muita propriedade,
que não deseja a eleição de políticos condenados por práticas ilícitas, porém ministros do Supremo insistem em negar à população esse direito elementar.
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)
Clichês
Em tempos de Copa do Mundo
ouvimos clamores de críticos, os
quais, respaldados por clichês
atribuídos ao futebol -como
"pão e circo" e "ópio do povo"-,
gritam aos torcedores pedindo
para que esses sejam cidadãos.
Nós, torcedores de futebol, somos cidadãos também. Mas de
quatro em quatro anos temos o
direito de pintar a cara, vestir
verde e amarelo e abraçar a bandeira de uma nação que no dia a
dia vira as costas para o cidadão.
Sofremos com escândalos políticos, morremos nas filas dos
hospitais, somos reféns da insegurança, do péssimo transporte
público, da educação sucateada,
com professores que jamais foram valorizados. Em meio a tantas frustrações, uma expectativa
nossa é correspondida à altura: é
quando falamos de futebol. Temos os melhores jogadores do
mundo. Nenhuma potência nos
supera em títulos mundiais.
Sendo assim me dou o direito
de pintar a cara, vestir verde e
amarelo e abraçar a bandeira do
meu país. E me permito até não
segurar as lágrimas quando nosso hino diz "verás que um filho
teu não foge à luta", porque não
deixo de ser cidadão para ser torcedor. Eu não fujo à luta. Nessa
hora sinto que não estamos sozinhos e que podemos nos unir. Isso me dá ânimo para tentar criar
um país melhor. Que seja respeitado o direito do cidadão de ser
torcedor a cada quatro anos.
EVERALDO VILELA DOS SANTOS (Belo Horizonte, MG)
Auditório
O título da reportagem "Minc
incorpora Auditório Ibirapuera"
(Ilustrada, 29/6) está incorreto,
pois induz o leitor a concluir que
o local passa a ser gerido pelo governo federal, quando na verdade trata-se de um modelo de gestão no qual o ministério passou a
apoiar financeiramente o Instituto Auditório Ibirapuera, que gere
o equipamento em convênio com
a Secretaria Municipal de Cultura
da Prefeitura de São Paulo.
GIOVANNA LONGO, assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura (São Paulo, SP)
Doutores
A formação de doutores no
Brasil, apesar do crescimento
dos últimos anos, ainda é muito
modesta em relação tanto a países desenvolvidos como em comparação com países em desenvolvimento, em todas as áreas.
O crescimento relativo das humanidades deve ser relacionado
à demanda pela formação de
quadros voltados à educação
fundamental, média e superior
no país. Essa qualificação é pré-condição para a elevação cultural e material da população, que
demandará, por sua vez, mais
engenheiros, cientistas da terra e
estudiosos da saúde. Nos EUA,
no Japão, na Coreia e na China,
bons engenheiros e bons médicos foram o resultado de uma
boa formação humanística, com
altos níveis de alfabetização, leitura, domínio da escrita e da história. Einstein estudou em um
Gymansium (Escola Média de
Humanidades) não por acaso.
PEDRO PAULO A. FUNARI, professor titular de história da Unicamp (Campinas, SP)
Universidade
O artigo "Universidade, mecenato e mercado" (Opinião, 2/7)
comete equívocos elementares de
raciocínio no trato da questão da
parceria empresa/universidade.
O ensino nas universidades públicas é regido por critérios rígidos, regulados por comissões que
contam com representações de
toda a comunidade. Porém os recursos oriundos do setor produtivo (público ou privado) se destinam ao financiamento das pesquisas. O que os autores do artigo
não admitem é que empresas podem se interessar pelo seu trabalho e estimulá-lo a avançar além
da publicação de um paper.
Será que até no desenvolvimento tecnológico teremos de ficar apenas observando o domínio
das grandes universidades e institutos de pesquisa do exterior?
JOSÉ ROBERTO CARDOSO, diretor da Escola Politécnica da USP (São Paulo, SP)
Investimentos federais
Os investimentos governamentais, necessários e inadiáveis, demonstram a importância
da democracia e das eleições livres para os povos, tese bem desenvolvida por Amartya Sen em
"Desenvolvimento como liberdade". Os governos só atuam com
efetividade em favor do povo nos
momentos de reformulação dos
seus mandatos. Só a democracia
propicia esse instrumento.
AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
Metrô
O metrô de Xangai foi inaugurado em 1995 e já é o maior do
mundo, com 420 km, superando
os de Londres, Paris e Nova York.
A China está construindo 2.000
km de metrô em 25 cidades. Enquanto isso, somadas as duas
maiores cidades brasileiras, São
Paulo e Rio, nos últimos 40 anos
só foram construídos 113 km de
linhas de metrô, a um custo muito superior ao gasto pelos chineses. Por aí se vê porque a China é
a China e o Brasil é o Brasil.
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
Inspeção veicular
Sou a favor da inspeção veicular. Todavia a forma com que esta vem sendo feita na cidade de
São Paulo é injusta, já que a
maior parte dos veículos inspecionados é de fabricação relativamente nova e está dentro dos
limites de emissão tolerados.
Quanto aos verdadeiros vilões
da poluição no trânsito, que são
os carros velhos e sem licença,
estes continuam a circular livremente pelas ruas. Esses carros
não se submeteram à inspeção e
jamais o farão, pois muitos nem
licenciamento têm. Por que a prefeitura não toma medidas para tirá-los das ruas? O ar da cidade e o trânsito agradeceriam.
PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: João Batista Araujo e Oliveira: Prova nacional para professores: boa ideia?
Índice
|