São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Corrupção
A presidente Dilma declarou que os "erros e os acertos são meus e de Lula". Isso quer dizer que os mais de R$ 40 bilhões desviados dos cofres públicos nos últimos sete anos, como mostrou a Folha ("Corrupção faz Brasil perder uma Bolívia", caderno especial Corrupção, ontem), são de responsabilidade dos dois.
Quem vai puni-los?
CARLOS E. BARROS RODRIGUES (São Paulo, SP)

 

Não conseguiremos combater a corrupção se não implantarmos um sistema de punição rigoroso. Veja, por exemplo, o caso da deputada Jaqueline Roriz, que foi absolvida de cassação pela Câmara mesmo após sua participação em caso de corrupção ter sido amplamente comprovada.
Sugiro que o crime de corrupção seja considerado hediondo e que os criminosos tenham julgamento ultrarrápido.
IVAM PASSOS VINHAS (Alfenas, MG)

 

A primeira página do caderno especial Corrupção sinalizou com propriedade uma doença que assola o país: a corrupção incurável, mas perfeitamente controlável, ou seja, os poderes Executivo corruptivo (dono dos cofres públicos), o Legislativo que legisla em causa própria e deixa impune seus membros corruptos e, finalmente, o Judiciário leniente ao decurso de prazos, com quatro instâncias (válidas para os poderosos). Vivemos no salve-se quem puder (ou poder).
RUBENS ANTONIO ALVES BARRETO (São Vicente, SP)

Jaqueline Roriz
Todos os meios de comunicação do país mostraram a deputada federal Jaqueline Roriz rindo ao pegar aquele pacote de dinheiro. Depois, mostraram o momento em que ela chorava na Câmara dos Deputados na sessão em que foi absolvida. Ela volta a sorrir, mas agora é da cara do brasileiro.
MIGUEL SAGATIO (São Paulo, SP)

Judiciário
O editorial "Reforma estagnada" (Opinião, 3/9) falou sobre a necessidade de harmonia entre os três Poderes do Estado. Nada mais oportuno. Faltou, contudo, mencionar, quanto aos dados sobre o Poder Judiciário recentemente divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça, que o esforço para aumentar a transparência e a qualidade da gestão dos tribunais passa por uma melhor qualificação do quadro de servidores. Isso só será possível com uma remuneração justa e digna.
A autonomia orçamentária do Judiciário é garantida constitucionalmente, assim como os reajustes anuais dos vencimentos dos seus servidores, que não vêm sendo cumpridos há cinco anos.
DANIELA GARCIA GIACOBBO (Porto Alegre, RS)

 

A presidente Dilma Rousseff resolveu incluir no Orçamento de 2012, por dever constitucional, o reajuste do Judiciário. Poderia também incluir, por dever humanitário, o reajuste dos aposentados. Mas sabemos que esses não têm o mesmo poder de convencimento. Uma pena.
JALSON DE ARAÚJO ABREU (São Paulo, SP)

 

Sinto-me envergonhada pelo recuo de Dilma na questão do reajuste dos salários dos juízes. E nós, aposentados, que ganhamos pouco mais de um salário mínimo? Quem vai nos defender? Que tipo de pressão precisamos exercer para que o nosso reajuste seja justo? Afinal, ficamos apenas com o índice da inflação. A desigualdade aumenta dessa forma.
ALICE RASKIN (São Paulo, SP)

 

Os leitores Carlos Roberto Dalia e Fabiana Tambellini ("Painel do Leitor", ontem) colocaram como "aprovação" da presidente Dilma o aumento proposto pelo Judiciário. A presidente apenas introduziu no Orçamento de 2012 o item que menciona o aumento de honorários dos juízes e afins.
Na verdade, a Constituição cita que tais ajustes devem fazer parte dos orçamentos anuais.
Isso é um ponto e foi feito por ela. Quanto ao valor do reajuste, fica nas mãos do Congresso, e Dilma, ao enviar a introdução desse ajuste no Orçamento, deixou claro que o valor que os magistrados estão pedindo vai frontalmente contra a conduta do governo.
CLAUDIO ISOLA (Guarujá, SP)

Ombudsman
Congratulo-me com o jornal pela decisão de haver publicado a foto do Steve Jobs e, com a ombudsman, por apoiar tal decisão ("Humano, demasiado humano", Poder, ontem). Não vejo sensacionalismo. Pelo contrário, trata-se de personalidade e fato de interesse público. Não vejo como falta de respeito ao sofrimento.
Vejo na foto um exemplo de pessoa corajosa -mas que agora demonstra fraqueza-, que mereceu ser mostrado.
PAULO NOGUEIRA SAMPAIO (São José dos Campos, SP)

 

Lamentável a posição da ombudsman Suzana Singer em relação à publicação da foto de Steve Jobs na Primeira Página no sábado retrasado. Ceder a um impulso pautado por um jornalismo rasteiro não deveria fazer parte das escolhas de um jornalista sério e que preza os seus leitores. Não se trata de censurar, mas, sim, de respeitar o sofrimento e a dignidade humana.
FRANCISCO SÉRGIO RUIZ (São Bernardo do Campo, SP)

Política
Em seu artigo "Oposição sem rumo" ("Tendências/Debates", ontem) José Dirceu mostra que ainda dá as cartas no PT e em seus quadros, assim como o antigo chefão (o ex-presidente Lula).
E, sempre que acuados, colocam a culpa na oposição, na imprensa, na elite etc.
ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP)

 

José Dirceu escreveu: "Já realizamos as reformas Previdência e do Judiciário...". Desculpe-me, mas de qual país ele está falando? Pergunto isso porque, no Brasil onde vivo, a Previdência continua quebrada e pagando aposentadorias miseráveis e o Judiciário permanece atolado em milhões de processos.
DAVI ALVES RAMIRO (Campinas, SP)

Battisti
O homem que até pouco tempo atrás era alvo das manchetes, hoje aparece sentado em uma mesa de bar da pequena Cananeia (litoral de SP), sorrindo e curtindo os prazeres da vida.
Infelizmente, a Justiça brasileira deixa acolher bandidos estrangeiros. O italiano Cesare Battisti continua impune.
ANTONIO ROCHAEL JR. (Iguape, SP)

Minorias
O ator Mel Gibson, quando chamado de antissemita, diz que tem vários amigos judeus. Os filhos do Bolsonaro dizem que eles e o pai têm vários amigos negros. E o vereador Carlos Apolinário, autor do projeto do Dia do Orgulho Hétero, tem um cabeleireiro gay ("Apolinário no salão", "Mônica Bergamo", ontem). Todas essas minorias devem estar muito agradecidas por poderem conviver com esses grandes homens.
BENI SUTIAK (São Paulo, SP)

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