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Racismo
O editorial "Intolerância na rede" (Opinião, ontem) está de parabéns por criticar as mensagens
discriminatórias e preconceituosas contra os nossos irmãos nordestinos. Uma das autoras dos
ataques é estudante de direito, e
deveria ser expulsa imediatamente da faculdade onde estuda.
E o editorial foi mais brilhante
ainda ao demonstrar que Dilma
Rousseff ganharia as eleições
mesmo se os votos do Nordeste
não tivessem sido computados.
Tal constatação joga por terra a
insanidade mental de nossos nazistinhas enrustidos, que semeiam por aí o preconceito, a xenofobia e o separatismo.
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Monteiro Lobato
O parecer do Conselho Nacional de Educação sobre a obra
"Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, coaduna-se com as
recentes políticas públicas adotadas para combater o racismo e
os preconceitos como práticas
sociais ainda presentes na sociedade brasileira, especialmente
no espaço escolar.
Tal posição não reflete nenhum efeito de proibição do uso
da obra, como tem sido veiculado, mas pretende ressaltar que a
sua utilização pedagógica deve
ser caracterizada e contextualizada historicamente.
A obra de Monteiro Lobato,
bem como as de outros autores
do início do século 20, é marcada
por estereótipos negativos em relação a personagens negros.
Contextualizar a obra, por meio
de uma nota explicativa, não diminui a importância do legado
de Monteiro Lobato, mas significa oferecer aos leitores a possibilidade de discutirem a representação dos personagens negros
em sua obra.
Nesse sentido, queremos agregar elementos para a discussão
da leitura, e não evitá-la.
ANETE ABRAMOWICZ , professora da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), e mais seis professoras e estudantes da UFSCar, da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Universidade Federal
de Alfenas (São Carlos, SP)
Maconha
O artigo "O plebiscito da maconha", de Hélio Schwartsman
(Opinião, ontem), abordou com
propriedade o resultado do certame que buscou colher a opinião
dos californianos a respeito da liberação do uso da maconha.
De relevância é a constatação
do articulista a respeito da possibilidade de que, ao limitar a discussão à maconha, deixando de
lado as outras drogas ilícitas, não
promovemos uma abordagem
mais racional do problema.
Acrescentaria a tal raciocínio a
discussão a respeito também das
drogas lícitas, como álcool e medicamentos. O assunto drogas deve
ser discutido em seu "totum", e
não de maneira fragmentada, como é de costume.
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
Eleições
É louvável que os jornais publiquem considerações, análises
e dados estatísticos sobre as eleições. Mas isso é importante para
partidos políticos e marqueteiros, e não tem tanta relevância
para nós, cidadãos comuns -trabalhadores, aposentados, estudantes, donas de casa...-, que
julgamos muito mais importante
ver as promessas dos eleitos.
Será útil que o jornal publique
periodicamente os programas de
governo e as promessas feitas
pelo governador Alckmin e pela
presidente Dilma, bem como
mostre a atuação dos deputados
e senadores eleitos pela região.
ANDRÉ COUTINHO (Campinas, SP)
O comunismo prega a supressão da propriedade privada, e
suas "eleições" são de partido
único. Mas, se existem partidos
comunistas e assemelhados no
Brasil, verifica-se uma "pétrea"
contradição com os direitos e garantias fundamentais e individuais, pois a Constituição assegura o direito de propriedade.
O comunismo não comunga
com a democracia e a economia
de mercado. Então, como foi
possível comunistas e assemelhados serem eleitos, em todos
os níveis, inclusive com recordes
nunca vistos antes?
Por "coincidência", esses
pseudodemocratas que se elegeram sob o símbolo da foice e do
martelo são os mais aquinhoados. Repartiriam seus bens com
o povo miserável ou continuarão
locupletando-se com a versão
moderna da "indústria da seca"?
EDGAR GRANATA (Porto Alegre, RS)
Galeria Pagé
O título da reportagem "Polícia apreende 10 mil relógios na
Galeria Pagé em São Paulo" (Folha.com, ontem) está errado. Deveria ser: "Apresentação teatral
da polícia na Galeria Pagé".
E tenho duas propostas. O nome da operação deveria ser "Circo
du Soleil", e o batalhão da polícia
no metrô Tiradentes deveria se
chamar Castelo Ratimbum.
Todo ano é essa mesma ladainha. Aquela galeria já tem mais
de 30 anos e está cercada por tanta outras. E a polícia sempre faz
vista grossa e vai lá duas vezes
por ano só para fazer espetáculo.
Depois volta tudo ao normal.
HEITOR LANDIM (São Paulo, SP)
F-1
O promotor Paulo Castilho (coluna de Mônica Bergamo, ontem), usando o Estatuto do Torcedor como justificativa, disse
que Felipe Massa sairá de Interlagos algemado se der passagem
a Fernando Alonso na corrida.
Mas o Estatuto do Torcedor
também diz que cambistas não
podem comercializar ingressos,
o que ocorre em todos os jogos
aqui em São Paulo. E o que o senhor promotor faz em relação a
isso? Simplesmente nada.
MARCELO SCIAMARELLA PEREIRA (São Paulo, SP)
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