São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Apagão
Sete Estados do Nordeste ficaram sem energia elétrica durante várias horas e o ministro Edson Lobão, de forma cerimonial e didática, declara que nenhum país do mundo tem um sistema tão moderno como o do Brasil. Até quando teremos que ouvir explicações de quem não entende do assunto e está no cargo por favor de Sarney? O consumidor é tratado sem o mínimo de respeito, aliás, como ocorre em outras questões de interesse público.
JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

Egito
Incrível como em pleno século 21 países ainda são submetidos à perpetuação de uma pessoa no poder e a ditaduras. A população egípcia finalmente decidiu pôr fim aos 30 anos de governo de Hosni Mubarak. Resta saber se a destituição irá trazer a democracia que a população espera ou se iremos ver mais um caso de alternância de representante, mas com o mesmo ideal político.
Os protestos ainda conseguiram estimular outros países a lutar pela liberdade e pela democracia, como é o caso de Argélia, Iêmen, Cazaquistão e Jordânia.
Vale lembrar que tudo isso começou graças à queda do então presidente que estava havia 23 anos no poder na Tunísia. Que sirva de exemplo para outros países, inclusive próximos ao nosso, que têm seus líderes camuflados em pseudodemocracias e se perpetuam no poder.
LUIZ FERNANDO FILHO (Barueri, SP)

 

Ao olhar as manifestações no Egito e no mundo árabe, recordei-me da Primavera de Praga, de 1968. Ela foi um soco no regime socialista e um prenúncio de seu fim, representado pela queda do Muro de Berlim em 1989.
Estaríamos vendo o nascimento da "Primavera Islâmica"?
LENILSON MOUTINHO (Mogi das Cruzes, SP)

Congresso
Degradante, enfadonho e sem o mínimo de sensatez. Esse foi o espetáculo oferecido pelos canais da TV Câmara e da TV Senado no dia das eleições para as mesas diretoras daquelas Casas.
Um bando de insanos que desrespeitou a inteligência dos telespectadores, imaginando que o povo acredita em suas mirabolantes armações. Os 70 votos que Sarney (PMDB-AP) teve entre os 81 senadores e os 375 votos que Marco Maia (PT-RS) teve entre os 513 já estavam programados. Os "senhores" senadores e deputados deveriam sentir vergonha, pedir o boné e debandar enquanto é tempo. Collor, ex-presidente, e Lindberg, ex-cara-pintada, debocharam do eleitor. A conduta serviu para mostrar que a maioria no Congresso se iguala.
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

Assembleia
Faz bem o deputado Barros Munhoz em tentar se explicar à população ("Legislativo cumpre seu papel", "Tendências/Debates", 4/2), pois é seu dever prestar contas. Mas a explicação não convence. Ele busca justificar sua declaração sobre a falta de projetos como causa da inação e pouco trabalho dos deputados paulistas. No entanto, posteriormente, vimos que isso não é verdadeiro. Há vários projetos parados naquela Casa. Se não têm o que fazer, bem que os deputados poderiam acelerar sua tramitação. Se os parlamentares consideram mesmo estar em dia com suas atividades, é de se supor que todos os problemas do Estado estejam resolvidos e nada mais precise ser regulamentado, debatido e mudado. Pode-se considerar que a educação e a saúde paulista estejam nos melhores padrões do mundo, que a segurança esteja perfeita, que não há problemas sociais, certo?
HENRIQUE CÉSAR DE CONTI (Brasília, DF)

Governo
Sem dúvida, a pior herança deixada pelo governo anterior foi a tolerância com o loteamento dos órgãos públicos e a consequente perpetuação das velhas raposas políticas. De tal modo que, qualquer tentativa de moralização nos Correios, na Petrobras, em Furnas ou nas demais estatais resulta em ameaças de denúncia e rompimento da base parlamentar. Seremos definitivamente reféns de escândalos e de mau gerenciamento dos recursos? Passo a palavra para nossa presidente.
HERMÍNIA FARIA GUIMARÃES (Rio de Janeiro, RJ)

Ficha Limpa
Luiz Fux, novo ministro do Supremo, diz que para julgar um político como ficha-suja é preciso que tenha havido má-fé em seus atos. Então, os ministros do STF, além de grande saber jurídico, têm que ter poderes telepáticos. Senão, bastará um político dizer que não teve intenção de cometer erros e estará livre.
SÉRGIO APARECIDO NARDELLI (São Paulo, SP)

Desastres
Otávio L.M. Ferraz fez ponderações bem lúcidas em seu artigo "Desastres naturais e desastres sociais" ("Tendências/Debates", 3/1). Somos bem altruístas quando estamos diante de uma situação de sofrimento coletivo provocado por forças da natureza.
Mas não somos assim tão altruístas quando nos vemos diante do horror da miséria provocada pela desigualdade social.
Certamente agimos dessa forma porque tendemos a culpar os pobres por sua pobreza. Esse artigo me fez lembrar da expressão "subgente", usada reiteradamente pelo professor Jesse Souza, do Iuperj, quando se refere às massas humanas abandonadas pelo Estado e também pela sociedade. Precisamos melhorar muito para nos tornarmos uma sociedade civilizada de fato.
INÊS A. BÜSCHEL (São Paulo, SP)

Rivotril
Fernanda Torres ("Rivotril", Ilustrada, ontem) nos brinda com um relato impagável de sua luta contra as dificuldades pessoais recentes. O que mais me chamou a atenção foi como ela conseguiu trocar o Rivotril por Fernando de Noronha.
Excelente troca! Pena que não esteja ao alcance de todos, afinal o remédio é barato, o acesso é relativamente fácil e o brasileiro médio não tem grana para ir a Fernando de Noronha. Infelizmente, para muitos, a única saída é se entupir de Rivotril, pois como disse o amigo dela: "Quem enfrenta a realidade enlouquece, a única saída para a sanidade é uma dose de alienação".
RICARDO GERIM DE ALMEIDA (Barretos, SP)

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