São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Governo Lula
"Perdemos de vez a noção do que é certo e do que é errado. O presidente vem a público depois de ter liberado, sob pressão, mais R$ 1,7 bilhão e anuncia que a reforma agrária "não será feita no grito, mas dentro da legalidade". Já se tornaram tão corriqueiras as invasões de terras que até achamos isso normal. Desde quando invadir e danificar propriedade alheia é legal? Está mesmo dentro da legalidade? Me engana, que eu gosto."
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)

 

"É o fim da picada. Como se não bastasse a pretensão do senhor presidente, que teve -coitado!- de esclarecer que não era Deus, agora vem um leitor da Folha comparar Lula e as situações por ele vividas a Jesus Cristo ("Painel do Leitor" de ontem)! Haja paciência..."
Daniel Pereira (Campinas, SP)

 

"É de indignar qualquer ser pensante a nota publicada no Painel de anteontem (página A4). Segundo ela, o Planalto resolveu afrouxar o controle sobre as nomeações para o segundo e o terceiro escalões dos ministérios porque, com isso, eventuais escândalos trariam mais prejuízos aos ministros que ao presidente. Impressiona o fato de que, aparentemente, ninguém pensou nos prejuízos para o Brasil. O patrulhamento ético a que o PT submetia os ministros de partidos tradicionalmente fisiológicos, pela nomeação dos secretários-gerais, era uma das poucas medidas eficazes desse arremedo de governo. Pensando bem, nada a estranhar em quem governa com a cabeça de Duda Mendonça."
Kleber S. Patricio (Indaiatuba, SP)

 

"Li no caderno Cotidiano de ontem (pág. C1) textos sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Mas o que me chamou a atenção foram as fotos de Lula sob a expressão "Lei Seca". Se querem falar sobre o assunto, tudo bem; mas por que usar a imagem do presidente segurando um copo de chope e saboreando a sua cigarrilha escondido como ilustração? Todos nós sabemos que o momento está sendo difícil para o governo, que as promessas estão demorando a ser cumpridas e que existem falhas. Mas creio que seria bem melhor deixar esse tipo de crítica para os partidos da oposição. Por que não procuramos, na medida do possível, dar um crédito maior a nossos governantes, em vez de publicar fotos tentando ridicularizar nosso presidente?"
Juvenal Machado (São Paulo, SP)

Casa Civil
"Não tem nenhum fundamento a nota publicada no Painel (1º/4, página A4) com declaração atribuída ao ministro José Dirceu, chefe da Casa Civil, sobre "preferir outro ministério". O conteúdo da nota, em sua totalidade, é especulação e denota total desinformação."
Telma Feher, assessora especial da Casa Civil da Presidência (Brasília, DF)

Lei do regime militar
"Em face da entrevista do cientista político norte-americano Anthony Pereira, publicada ontem pela Folha (Mundo, página A10), cumpre lembrar aos leitores que a Lei de Segurança Nacional, tal qual foi sancionada no regime militar, encontra-se ainda em pleno vigor, podendo, se necessário, ser aplicada pelo Executivo e pelo Judiciário."
Paulo Marcos Gomes Lustoza (Rio de Janeiro, RJ)

Violência
"Entendo que a Folha de ontem desperdiçou uma ótima oportunidade ao noticiar o roubo da moto CB 500 do filho do governador de São Paulo. Perdeu-se a chance de informar, numa reportagem mais profunda, sobre os constantes assaltos sofridos pelos milhares de motociclistas (e não falo dos motoboys que cruzam as ruas paulistanas diariamente) que, nos finais de semana, saem com suas motos para aliviar o estresse. Digo isso porque, de cada quatro motociclistas, pelo menos um conhece outro que teve sua moto roubada em circunstâncias semelhantes, tanto na cidade como em estradas próximas. Sem contar os que conseguiram evitar o assalto, mas, para tanto, tiveram que escapar em alta velocidade dos "bandidos", pondo a sua vida e a de outros em risco."
Rubens Torres Babini (São Paulo, SP)

Religião e doenças
"Obrigo-me, todos os dias, a ler a Folha. Acho que essa leitura me ajuda a viver. Não classifico o jornal como literatura do tipo "auto-ajuda" ou "religiosa". Sou um doente grave e detesto o assédio de pessoas, religiosas ou não, que acreditam ter a cura para as minhas doenças. Briguei muito por causa disso e não recorro a qualquer coisa para me manter vivo. Sigo o que a ciência e a medicina do Brasil têm a oferecer a um cidadão comum, na minha situação, para viver. Por isso, considero preconceituosas as palavras de Eliane Cantanhêde em sua coluna de anteontem, intitulada "Auto-ajuda" (Opinião, página A2). A doença grave não traz desespero, e a umbanda não é uma religião pejorativa. Sou cristão, mas tenho o dever de defender quem é umbandista."
Mário Rudolf (São Paulo, SP)

Educação
"Participei do Fórum Mundial de Educação. Como assinante da Folha, muito me admira que não tenha encontrado textos sobre esse tema, que produzirá muitos bons frutos em um país que se preocupa com o botox do presidente e não lê sobre os assuntos discutidos por grandes especialistas do mundo. Quando a mídia vai ser independente?"
Vitória Denck (Curitiba, PR)

Doação de alimentos
"Oportuno o artigo de Fernando Rodrigues (Opinião de ontem, pág. A2) sobre o projeto de lei nº 4.747, conhecido como "Lei do Bom Samaritano". O jornalista trouxe a público a controvérsia sobre a doação de alimentos a programas governamentais. O Banco de Alimentos convive diariamente com esse impasse: há dezenas de empresas interessadas em ser parceiras no combate à fome, mas muitas temem ser processadas caso o alimento seja danificado até chegar ao seu destino final. Como resultado, as doações acabam sendo reduzidas. A "Lei do Bom Samaritano", no entanto, incentiva a criação dos bancos de alimentos. Uma das funções desses bancos é justamente manipular os produtos doados e fazer uma triagem deles, separando os consumíveis dos que podem vir a estragar. Assim, é praticamente eliminado o risco de contaminação por parte de quem recebe esses alimentos. Em São Paulo, o banco atende a 320 mil pessoas. Podemos ampliar esse número. Por isso, a nova lei é de muita importância. Com ela, todos ganham: a empresa doadora faz uma ação social com segurança e garante comida a quem precisa."
Emiliano Milanez Graziano, coordenador do Banco de Alimentos da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Ginástica
"Mando um recado para Dario, o Dadá Maravilha: sua lista do que pára no ar precisa ser atualizada. Agora ela inclui helicóptero, beija-flor, Dadá e Daiane dos Santos. Esplêndida!"
Sinval Gama (Ribeirão Preto, SP)

 

"Parabéns a Daiane por desmascarar a hipocrisia da elite campeã do mundo em pior distribuição de renda. Ela está certa em valorizar a força de sua raça."
Marcos Antonio Gama (São Paulo, SP)

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