São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Bisbilhotar
"É frustrante a qualquer um, seja inocente, seja culpado, a possibilidade do grampo. Mas me frustra suspeitar de que, apesar da imagem altamente positiva conseguida pela Polícia Federal, o seu principal meio de investigação seja -e espero estar enganado- a escuta telefônica. E isso mesmo nos tipos penais em que fatos e documentos são a essência do crime, como naqueles noticiados no bojo da Operação Satiagraha.
Após quatro anos de investigação, somente agora os "documentos", que podem ou não servir de prova criminal, estariam sendo analisados. Isso sugere que a fonte de investigação básica teria sido a invasão de privacidade via escuta telefônica. Por quatro anos? Afinal, estamos preparados para investigar esse tipo de crime sem primeiro bisbilhotar a intimidade dos suspeitos?"
ISRAEL PINHEIRO (São Paulo, SP)

 

"O ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que há um sentimento de medo na sociedade provocado pelas ações da PF.
Gozado, minha família, meus amigos, meus vizinhos e eu -pessoas trabalhadoras, de bem- não estamos com medo nenhum."
VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP)

Imposto de Renda
"É revoltante a cara-de-pau da nova secretária da Receita Federal ("Nova secretária da Receita quer maior número de alíquotas no IR", Entrevista da 2ª, 4/8). Ou alguém ainda duvida de que o ajuste das alíquotas do IR vai resultar em aumento de arrecadação em prejuízo tanto dos pobres como dos ricos?"
OTTFRIED KELBERT (Capão Bonito, SP)

 

"A nova secretária da Receita sugere que o órgão precisa conscientizar o contribuinte de que pagar impostos é um gesto nobre. Obviamente, ela deve estar dirigindo-se aos 76% da população que são analfabetos funcionais (ou completamente analfabetos).
Convencer um cidadão de classe média, bem-informado, que paga quase um terço do que ganha em IR e que passa cinco meses do ano trabalhando para pagar impostos, sem ter direito a educação, saúde, segurança, transporte e tudo o que deveria ser provido pelo Estado, só pode ser piada."
ULYSSES SERGIO CAVALCANTI DE OLIVEIRA , professor da UFPB (João Pessoa, PB)

Lei seca
"No texto "Sociedade precisava de um pai, diz ministro sobre a lei seca" (Cotidiano, 5/8), o ministro Temporão afirma que as punições da chamada lei seca deram mais resultados do que a educação para o trânsito. Parece querer provar que os fins justificam os meios. É a contramão do bom senso.
Uma legislação dura para punir quem bebe e vai ao volante é oportuna, todos concordam. Quanto ao processo educativo, porém, o ministro desconhece que nunca houve nada semelhante no país, muito menos agora. Portanto, não há nenhum estudo comparativo para embasar sua declaração. A falta de visão do ministro explica por que o seu ministério muito fala e pouco faz."
ANTONIO CARLOS LOPES , presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (São Paulo, SP)

Rio Tietê
"Solicito retificação e retratação em relação às frases incorretamente atribuídas a mim e publicadas em reportagem na contracapa do caderno "DNA" de 3/8.
São elas o título "Arquiteta propõe ir de gôndola ao Anhembi pelo Tietê" e o primeiro parágrafo do texto -"No futuro projetado pela arquiteta Anne Marie Sumner, andar de gôndola é um passeio romântico para se fazer em São Paulo -e em pleno Tietê"."
ANNE MARIE SUMNER , arquiteta (São Paulo, SP)

Educação
"No "Painel do Leitor" de ontem, fiquei abismado com o posicionamento da Secretaria de Estado da Educação. O seu coordenador de comunicação disse que a secretaria se posiciona contra a ampliação para 33% de atividades docentes fora da sala de aula. Alega falta de dinheiro. Como sempre, a qualidade do ensino não passa de discurso.
Como pode um professor estudar e se preparar para a atividade docente se a Secretaria da Educação lhe nega um período razoável fora da sala de aula para que ele se recicle? E o que mais me impressionou foi que a Secretaria da Educação disse o que disse sem um pingo de encabulamento."
HORACIO ANGEL SCOVENNA (São Bernardo do Campo, SP)

Ficha suja
"Todos aguardam ansiosamente o julgamento do STF sobre a candidatura ou não dos políticos com ficha suja. Dizem que a tendência do Supremo é liberar geral, baseado na tese de que ninguém pode ser "julgado" antes de ser julgado oficialmente.
Essa sabedoria jurídica, ancorada em leis contraditórias, propositadamente votadas no Congresso para que nenhum corrupto vá a julgamento final, propicia aos clientes obter ou conservar, eleição após eleição, as suas imunidades parlamentares."
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

MST
"Não concordo com o que pensa Maria Tereza Murray ("Painel do Leitor" de ontem) sobre o MST -ao classificar seus integrantes como terroristas. As ações do movimento simplesmente condizem com o tratamento que lhe é dado pela mídia, pelo governo e pela sociedade.
Autoproclamado porta-voz da reforma agrária no país, o MST percebeu que a única maneira de talvez ser ouvido, e assim fomentar a discussão sobre o tema, era através da violência. O MST representa, indiretamente, a grande massa de cidadãos brasileiros desprovidos de voz e de vez em um país que sempre promoveu políticas públicas elitistas e excludentes."
LUCAS ROAHNY (Curitiba, PR)

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